Astrid Fontenelle foi convidada para falar sobre racismo no Encontro. A apresentadora é mãe de Gabriel, de 14 anos. A pauta tomou os programas da Globo desde o ocorrido com os filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, Títi e Bless. “O racismo é tão maléfico, da última vez fui taxada de mimizenta, está dando showzinho porque é famosa, coisa da sua cabeça, está maluca”, relatou a apresentadora.
“Isso tudo ouvi, cara a cara. Tive uma reação parecida com a da Giovanna, parti pra cima. Adoraria ser uma líder pacifista, mas o racismo me impede, é o que me faz sair do sério, me desequilibra completamente porque é inaceitável. Agiria como a Giovanna e gostaria de ter um companheiro que reagisse como o Bruno porque eles fizeram a dupla perfeita: a Giovanna foi a leoa e Bruno o racional chamando a polícia”, declarou a comunicadora.
A âncora do Saia Justa relatou alguns detalhes da luta de Gabriel. “Se meu filho entrar em uma loja pra ver um celular, um tênis, ele vai ser seguido. Acontece que meu filho já carrega um sobrenome, uma carinha, um tom de pele mais baixo do que Titi e Bless. Tem gente que diz que meu filho é moreninho, meu filho é preto. Só que ele está em um patamar social que deixa ele menos preto, isso é muito cruel”, disse.
“Já fui aquela pessoa que falou: ‘tenho um amigo preto’, mas desde o nascimento do Gabriel, estudei, me aproximei para que aprenda a lidar. Meu lugar na sociedade, vou ser raivosa com o Gabriel, com seus filhos, sou aquela que vai estar ao lado na mesa do restaurante para dar tapa na cara junto, no mínimo ligar para a polícia, vou reagir. Esse é meu lugar na sociedade não deixar passar”, afirmou Astrid Fontenelle.