O ator Dedé Santana, que por muitos anos foi um dos protagonistas do programa Os Trapalhões, resolveu se pronunciar sobre a fala do documentarista Rafael Spaca, que afirmou em entrevista que Renato Aragão, o Didi, pediu a demissão dele e de Mussum da Globo. Em um vídeo enviado para a Hora da Venenosa, quadro do Balanço Geral, da Record, o famoso conta que nunca soube de nada relacionado sobre esse tema, além de afirmar ter uma boa relação com o colega de profissão.
“Olha, saiu que o Renato Aragão tinha pedido a minha cabeça [na Globo]. Realmente eu não estou por dentro desse assunto, eu nunca ouvi falar isso. Tem que perguntar e fazer o esclarecimento com quem falou”, disse o artista, que após deixar a Globo estrelou Dedé e o Comando Maluco, transmitido pelo SBT entre os anos de 2006 e 2008.
“Eu não considero o Renato Aragão somente meu amigo, meu colega de trabalho. Eu considero o Renato meu irmão, um cara que tem o maior carinho comigo, ele e a esposa [Lilian Aragão]. A gente se fala todo dia, estou sempre visitando ele”, completou o comediante, que fez sua última participação em uma produção de TV na série Treme Treme, do Multishow.
Dedé Santana afirma que Trapalhões impediram Gugu de ir para a Globo
Durante entrevista ao SCC, afiliada do SBT em Santa Catarina, Dedé Santana revelou que Os Trapalhões quase trocaram a Globo pelo canal de Silvio Santos, que precisou “devolvê-los” para impedir a saída de Gugu Liberato (1959-2019). Ele conta que na época da negociação, a trupe estava brigada com Renato Aragão e havia decidido criar uma empresa paralela para cuidar da administração de suas carreiras. Depois disso, no meio dessa confusão, surgiu a proposta para que fossem trabalhar ao lado do dono do Baú em 1988.
“Silvio Santos chamou a gente. Já estávamos com as salas, tudo preparado. Mas aí o Silvio teve um problema de voz, de garganta, e a Globo tinha contratado Gugu Liberato”, relembrou Dedé, contando que Silvio Santos viajou até o Rio de Janeiro, na intenção de impedir a estreia de Gugu na Globo. Ele conseguiu a impedir a estreia de seu pupilo na líder de audiência após negociar diretamente com Roberto Marinho (1904-2003), mas teve que abrir mão da contratação dos humoristas para evitar a transferência do apresentador.