Dan Stulbach fez uma análise do perfil de Ibraim, personagem que atua em Pantanal. O ator revelou que a ideia é que o personagem causasse ódio, mas fosse cativante. O artista também pontuou em entrevista para a Quem que o papel é feito para ter uma imagem de um homem que trabalha na política pelo ego.
“Ele vê o mundo e as pessoas através das lentes da política, que é sua profissão. Ele não escolheu essa carreira para mudar o mundo. Ele é político para satisfazer seu ego, melhorar seu capital, suas relações“, afirmou ele. “Ibraim é muito vaidoso, insensível ao outro, muito sensível às suas carências. Um homem que sabe articular, charmoso e sabe cativar. Uma das coisas mais interessantes de fazer um personagem assim é deixar suas críticas de lado. Fazer com que ele não tenha culpa de seus defeitos, que ele chegue inteiro, forte, cativante, ambíguo para quem ver”, declarou.
O artista relatou que havia o desejo do debate político na construção do personagem. “O público vai ter seu juízo sobre o que ele faz. Não importa se eu votaria nele ou não, mas as questões que esse personagem pode provocar. Ter a coragem de mostrá-lo como ele é”, disse.
“Lembrava da outra versão, de algumas cenas, atores, eu lembro do impacto do que ela dizia. E agora da mesma maneira, tem essa força, esse poder, mobiliza tanta gente. Você quer entender, ver e ser impactado por isso também. E fui. Por diversas cenas, diversos momentos da novela me emocionaram, sem saber que eu trabalharia nela ainda. E também pela equipe, pelas pessoas envolvidas. Eu conheço especialmente a equipe de direção, com quem eu já trabalhei. Eu conhecia bem a trama, lembro bem, sei bem, mas especificamente não me lembrava do Ibraim. Ainda bem, vi uma ceninha só da primeira versão quando fui chamado, mas parei de ver para não ser influenciado”, concluiu Dan Stulbach.