O cantor Marcondes Falcão Maia, mais conhecido por seu sobrenome Falcão, será a estrela de um especial da Globo em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil. De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (11), a atração será exibida pela emissora dia 7 de setembro, depois da novela Pantanal. A produção é uma parceria da Globo com a TV Verdes Mares, afiliada da rede no Ceará.
Segundo a coluna da jornalista Patricia Kogut, do jornal O Globo, o programa especial sobre os 200 anos da Independência do Brasil fará uma releitura bem-humorada dos momentos marcantes da nossa História. A atração terá participação do ator Gero Camilo, além de outros artistas revelações do Ceará, como Edglê Lima, Geovana Martan, Carolina Geraldo, Ilam Gurgel e Moisés Loureiro.
No especial, eles percorrem diversas regiões do Brasil para gravar um documentário sobre essa data e entrevistam pessoas comuns, indígenas, historiadores e pesquisadores. A atração conta com roteiro de Leonardo Lanna, R.B. Diogo e Vinicius Augusto Bozzo. A direção é de Fred Mayrink. O cantor Falcão também poderá ser visto na segunda temporada de Cine Holliúdy, como o Cego Isaías, que estreia na Globo no dia 23 de agosto.
Natural de Pereiro, no interior do estado do Ceará, Falcão morou até os 12 anos em uma casa simples e sem eletricidade. Por influência do pai, o artista ouvia música italiana e cantores como Waldick Soriano (1933-2008), Núbia Lafayette (1937-2007), Nelson Gonçalves (1919-1998) e Orlando Silva (1915-1978). Ocasionalmente também captava rádios cariocas como Rádio Globo, Nacional e Tupi, onde ouvia as músicas dos Beatles e da Jovem Guarda.
Em 1970, Falcão se mudou de vez para Fortaleza para frequentar o colégio. Na capital cearense, aprendeu a tocar violão junto com os irmãos, e conheceu seu futuro parceiro musical Tarcísio Matos. Começou a trabalhar como desenhista enquanto tentava o vestibular da Universidade Federal do Ceará, na qual ingressou no curso depois de cinco tentativas, em 1982. Ao mesmo tempo, investia na carreira artística.
Em 1980, Falcão criou, junto com Flávio Paiva, Matos, Eugênia Nogueira e outros estudantes de comunicação social, a publicação Um Jornal Sem Regras, cujos integrantes também formaram um grupo musical, o Bufo-Bufo. As composições eram irreverentes, mas com consciência política, já que Matos e Paiva queriam fazer uma coisa mais séria parecida com a MPB, mas Falcão mudava as letras para ficarem mais cômicas. Formou-se em Arquitetura em 1988 e abriu um escritório com colegas no qual trabalhou por três anos, até resolver focar na música.
