Conhecida pelos trabalhos nas novelas A Indomada (1997) e Porto dos Milagres (2001), Luiza Tomé revelou detalhes de um episódio traumático no ambiente profissional, ocorrido quando ainda estava no início de sua carreira. Em entrevista para Daniela Albuquerque, no programa Sensacional, da RedeTV!, a atriz de 61 anos afirmou que perdeu trabalhos na televisão após recusar cantadas de um diretor.
“Era um diretor. Todo dia ele chegava e colocava o telefone dele no meu bolso e falava: ‘Dá uma ligadinha pra mim’, e eu, tão jovem, pensava: ‘Por que eu vou ligar para esse velho?’. Não tinha o menor sentido”, revela. Com diversos trabalhos que marcaram época na teledramaturgia, a artista relembra que sua trajetória foi prejudicada por não corresponder as investidas do tal diretor. “Fiquei fora da televisão por um tempo por causa disso”, afirma.
“Um dia, um amigo meu me escalou para uma novela e ele [diretor] me tirou. Meu amigo falou assim: ‘Lu, enquanto o fulano estiver aqui, você não faz novela’. E realmente, eu só voltei a fazer novela quando ele saiu de lá”, confessa a atriz, que reproduz as negativas mencionadas pelo diretor na época. “Ele falou: ‘Ela não. Péssima atriz e feia pra caramba’”, relatou.
Na atração comandada por Daniela Albuquerque, Tomé contou também que, ao longo das mais de quatro décadas de profissão, já contracenou com artistas que tentaram ‘tirar uma casquinha’ durante beijos técnicos, mencionando como fazia para fugir da situação: “Travava os dentes, que aí ninguém colocava a língua”.
Luiza Tomé começou a carreira na televisão com uma figuração em Dancin’ Days (1978), da Globo. O primeiro papel regular em folhetins do canal aconteceu em Corpo a Corpo (1984), onde interpretou Alice Gouveia. Também atuou em Tieta (1989), Pedra Sobre Pedra (1992), Fera Ferida (1993), A Indomada (1997), Porto dos Milagres (2001) e Começar de Novo (2004). Na Record, integrou o elenco de Cidadão Brasileiro (2006), Luz do Sol (2007), Bela a Feia (2009), Máscaras (2012), Dona Xepa (2013), Milagres de Jesus (2014), Escrava Mãe (2016) e Apocalipse (2017).
