Érika Januza concedeu uma entrevista para a Folha de S.Paulo e falou sobre o papel na série Arcanjo Renegado. No projeto, a artista vive Sarah, uma mulher que tem o marido e o irmão trabalhando para a polícia. Quando o marido da personagem morre, a história dela muda ao entrar para GIT (Grupo de Intervenção Tática).
Para atuar, a artista revelou que precisou subir na favela e dar tiro de verdade. “Conheci um universo que não sabia, entrei em lugares onde quase ninguém entra. [A série] Arcanjo Renegado traz uma verdade, mostra o ambiente onde tudo realmente acontece. Tinham policiais reais, traficantes, ex-presidiários, o José Junior [criador da produção] traz muita verdade nos trabalhos dele, e não foi diferente em Arcanjo. Eu ia embora [das gravações] reflexiva”, declarou Érika Januza.
“[Mudou] a minha forma de ver a profissão do policial, pude ver como é estar do outro lado. Os lugares que eu acessei, completamente difíceis, me fizeram pensar na realidade do nosso país. Eu ia embora contando para as pessoas, não o que eu passei dando tiro e tal, mas o que eu vi, que me marcou muito. Inesquecível para mim o que eu vivi lá no alto da Rocinha”, relatou.
Arcanjo Renegado é uma série policial criada por José Júnior, com direção-geral de Heitor Dhalia e direção de André Godoi. A obra é uma coprodução do Globoplay e do Multishow com a AfroReggae Audiovisual. Na produção, Mikhael (Marcello Melo Jr.) é o líder da principal equipe do BOPE. Quando um dos seus amigos é ferido em uma operação, ele busca vingança e acaba em conflito com a alta cúpula política do estado.