Lilia Cabral concedeu uma entrevista para a Marie Claire em que falou sobre a relação com a filha, Giulia. A atriz relembrou que teve um passado muito difícil com a família e dificultou muito que ela fosse uma boa mãe no início. A artista também relatou que o pai era muito agressivo.
“Meus pais eram bravos, só me deixavam brincar meia hora. Aí, quando eu tinha 10, 11 anos, fui estudar na Escola Experimental da Lapa, em São Paulo, e minha cabeça mudou. Ainda cometia muitos erros porque, na minha casa, não tinham me ensinado como era ser gente. Mas comecei a me sentir um ser humano pensante. Eu era agressiva. Aí comecei a mostrar na escola coisas que não podia mostrar em casa, e os professores perceberam que eu era uma pessoa criativa”, afirmou.
A atriz relatou que o pai não aceitava que ela fosse atriz. “Dizia que era uma profissão que desqualificava a mulher, que eu seria mulher da vida. (…) Ele dizia que não queria que eu tivesse essa vida distante. No entendimento dele, era como se eu fosse uma mulher da vida. Me ameaçou, disse que, se eu não voltasse, nunca mais pisaria em casa. Então, rompi com ele. Estava no Rio de Janeiro, com uma mão na frente e outra atrás, mas tinha coragem de viver”, relatou Lilia Cabral.
“Quando eu ia para São Paulo, não podia ir em casa porque ele era violento e eu tinha medo que fizesse alguma coisa, me batesse. Ele não batia, mas xingava, falava coisas que mulheres não deveriam ouvir. Eu tinha medo porque não sabia qual seria a minha atitude se ele me agredisse. E não queria fazer com que a minha mãe sofresse mais”, contou ela.