Marcos Uchôa, ex-repórter da Globo, anunciou que desistiu de sua candidatura a deputado federal pelo Rio de Janeiro. O jornalista, que concorria ao cargo pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), explicou que encontrou dificuldades para conversar com o partido sobre o financiamento da campanha. O profissional deixou a emissora líder em novembro do ano passado, após 34 anos de contrato.
“Quando me filiei ao partido, no início de abril, o presidente do PSB no Rio, Alessandro Molon, me disse que o partido financiaria a minha campanha. Pois, de lá para cá, quer dizer, nesse tempo todo, eu estive por meses, literalmente por meses, pedindo uma informação básica: quando e mais ou menos quanto de dinheiro eu poderia contar?”, disse o repórter em vídeo pulicado em uma rede social de fotos.
Na publicação, Uchôa lembrou que gastos em campanhas políticas são para custear pagamento de equipe, eventos e viagens, transporte, refeições e produção de material gráfico. O ex-contratado da Globo ainda ressaltou que toda essa estrutura custa “muito dinheiro”. “Você pode fazer uma campanha mais cara ou mais barata. O que você não pode fazer é uma campanha sem dinheiro”, disse ele.
Marcos Uchôa estava publicando conteúdos da campanha para deputado federal até domingo (28). Em postagens, ele aparecia falando ao lado de candidatos à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro do PSB. Segundo o jornalista, sua entrada na política se dava, principalmente, pelo fator social. Ele vinha se colocando como um crítico do presidente Jair Bolsonaro (PL) e como apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o pleito presidencial.
“No primeiro ano de governo, ele [Bolsonaro] foi em cima em termos trabalhistas, dizendo que isso não podia. A ideia de entrar para a política tem uma razão pessoal e uma social. A pessoal é fazer algo diferente. A social é um momento do Brasil. A gente precisa tirar o Bolsonaro. Se não fosse o Bolsonaro e a situação do país, eu não entraria para a política”, disse Uchôa em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.
