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EM EDITORIAL

Band se revolta contra ministro Alexandre de Moraes e defende bolsonaristas

Imagem com foto do âncora Eduardo Oinegue
Eduardo Oinegue, âncora do Jornal da Band; emissora divulgou editorial criticando ministro Alexandre de Moraes (foto: Reprodução/Band)

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A Band divulgou na última terça-feira (30), no Jornal da Band, um editorial com críticas ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes. No texto lido pelo âncora Eduardo Oinegue, o grupo de comunicação compara Moraes a um “justiceiro” por ter autorizado uma ação da PF (Polícia Federal) contra um grupo de empresários bolsonaristas que trocaram mensagens nas quais defendem que um “golpe” seria melhor do que a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República.

Na opinião do Grupo Bandeirantes, o Brasil está “chocado” com a ação da polícia e as justificativas não sustentam o pedido para aquela operação. “Onde estão as provas? Porque troca de mensagens, apenas opiniões sem ação, ainda que sejam contra a democracia ou mesmo em defesa de golpe, ideia que combatemos e abominamos, não configuram crimes. Estão longe de fundamentar aquela operação policial”, alegou a emissora paulista durante seu principal telejornal.

A rede comanda por Johnny Saad também relacionou a decisão de investigar os empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao modo de trabalho da Operação Lava Jato (2014-2021): “Estamos diante de mais um desatino do nosso judiciário, como tem acontecido desde a Lava Jato. Sem provas claras e contundentes, Alexandre de Moraes desempenha nesse episódio mais o papel de mandante fora da lei e da Constituição do que de ministro que deveria zelar por essa mesma lei, por essa mesma Constituição”.

Confira na íntegra o editorial do Grupo Bandeirantes:

“O Brasil, ainda chocado com a ação da Polícia Federal na casa e no escritório de 8 empresários, esperava que o ministro Alexandre de Moraes apresentasse a justificativa para ter autorizado essa operação. E de fato acaba de ser retirado o sigilo das investigações. Isso no 7º dia depois da ação policial. Mas o que apareceu não convence.

E a pergunta continua: onde estão as provas? Porque troca de mensagens, apenas opiniões sem ação, ainda que sejam contra a democracia ou mesmo em defesa de golpe, ideia que combatemos e abominamos, não configuram crimes. Estão longe de fundamentar aquela operação policial.

Vão crescendo sinais de que estamos diante de mais um desatino do nosso judiciário, como tem acontecido desde a Lava Jato. Sem provas claras e contundentes, Alexandre de Moraes desempenha nesse episódio mais o papel de mandante fora da lei e da Constituição do que de ministro que deveria zelar por essa mesma lei, por essa mesma Constituição.

Pelo respeito que temos à instituição do Supremo Tribunal Federal, queremos acreditar que ainda possam existir evidências convincentes, mas a expectativa se reduz. O tempo passa e a cobrança vai ficando mais intensa e a indignação também.

Ou será que esse material não existe mesmo e o país vai ter que conviver com um ministro do Supremo que virou de fato mandante de operações ilegais? Um ministro justiceiro.

Essa é a opinião do Grupo Bandeirantes de Comunicação”

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