O SBT desistiu de tirar o Casos de Família do ar a partir de 8 de setembro. No ar há 18 anos, a direção do canal paulista reconsiderou a decisão anunciada na semana passada e a atração comandada Christina Rocha continuará na grade de programação e ainda receberá investimentos. Procurada pelo TV Pop nesta quinta-feira (1º), a assessoria de imprensa da emissora de Silvio Santos confirmou que o programa “permanecerá na grade, porém com novidades”.
O anúncio do cancelamento do Casos de Família foi feito pelo SBT no fim da tarde de terça-feira (23). Na ocasião, o canal explicou que iria suspender as gravações do programa e o último episódio seria exibido na próxima quarta-feira (7). Segundo apurou a reportagem do TV Pop, o cancelamento da atração de Christina Rocha não partiu de Silvio Santos. O dono da emissora, que é fã do formato, teria sido avisado pela própria apresentadora de que a produção seria tirada do ar. Com o aval do dono da emissora, as gravações serão retomadas imediatamente.
Em entrevista ao Vênus Podcast, a titular do vespertino chegou a relatar que o programa tem um formato engessado e que acabou ficando repetitivo com o passar dos anos. A comunicadora pontuou que tentou levar a atração para outras cidades, mas não teve condições. “Eu já imaginava [que o programa iria acabar]. É um formato engessado, chega uma hora que acaba sendo repetitivo. O que gostaria era de ter feito [o programa] em outras cidades, mas não tivemos condições. Não é fácil fazer 13 anos sem nenhum recurso, até pela falta de convidados. O Casos de Família é um sobrevivente. Eu não tenho respiro, eu não tenho um VT pra passar, eu não tenho um musical. Naqueles 45 minutos, eu tenho que estar ali ligada”, disse ela.
Na programação do SBT há 18 anos, o Casos de Família é baseado em formato venezuelano de mesmo nome. A atração estreou em 2004, com apresentação de Regina Volpato. Em 2009, Christina Rocha assumiu o comando do programa para torná-lo mais popular. Desde então, o formato já passou por diversos horários na programação do canal. Entre as mudanças, já teve até mesmo uma versão no horário nobre nas noites de sábado. Nos últimos meses, após ser escanteada para o ingrato embate com A Hora da Venenosa e O Cravo e a Rosa (2000), Christina Rocha não conseguiu recuperar o público que tinha na faixa das 16h30 e passou a ser responsável por aumentar ainda mais a cratera na audiência vespertina do SBT.