A diretoria da Globo decidiu dispensar os serviços de Leticia Spiller, que era funcionária exclusiva da emissora desde 1992. Será a primeira vez em quase três décadas que a atriz estará livre para desenvolver trabalhos com outras redes de televisão e plataformas de streaming. O seu último trabalho como contratada fixa da líder de audiência foi há três anos, como a personagem Marilda Rocha em O Sétimo Guardião, que também foi a última novela das nove do autor Aguinaldo Silva antes de ser demitido da empresa.
A informação foi divulgada pelo jornalista Flávio Ricco, em sua coluna no portal R7, e confirmada pela atriz em uma entrevista ao jornal Extra. “Tenho um carinho enorme pela história que construí junto à Globo, e eu sou muito grata. Nossa parceria segue, mas agora em um novo formato. Tenho certeza de que ainda teremos muitos capítulos pela frente. Amo o que eu faço e ainda terei muitas histórias para dividir com o público”, afirmou ela.
O formato que ela se refere é o chamado “contrato por obra”. Ela ainda poderá ser convocada para trabalhos nos produtos de dramaturgia da TV Globo e da Globoplay, mas receberá apenas pelo período em que atuou naquela produção, e não terá mais um salário fixo, independentemente de estar ou não no ar. O modelo tem sido adotado pela empresa com diversos de seus profissionais, e é visto nos bastidores como uma medida de contenção de gastos.
O primeiro trabalho de Leticia Spiller na Globo foi como uma das Paquitas do Xou da Xuxa. Em 1992, ela estreou nas novelas da emissora, em Despedida de Solteiro, e dois anos depois se tornou protagonista do fenômeno Quatro Por Quatro, como a manicure Babalu. Foram quase três décadas vinculadas ao canal, com participações em mais de 20 obras da emissora — ou seja, ela passou mais da metade de sua vida dedicada a empresa.