Tino Marcos voltou para a Globo para gravar o documentário de Galvão Bueno e relatou nas redes sociais que foi “barrado” e precisou esperar por 25 minutos uma liberação. Apesar do estranhamento, a prática é comum nas emissoras e quando o funcionário pede demissão ou é demitido precisa de um gestor para permitir.
“Veja você. Vou à TV Globo pra dar entrevista para o documentário do Galvão e fico 25 minutos esperando autorização pra entrar pelas roletas por onde passei por 35 anos. O segurança, gentil, aguardava a assinatura de um gestor pra eu entrar. E entrei, afinal”, contou ele.
O jornalista anunciou que sairia da Globo em fevereiro de 2021. O anúncio da aposentadoria foi feito através de um e-mail enviado por Renato Ribeiro, diretor de Esportes da Globo, aos funcionários do setor. Ele disse aos colegas que Tino Marcos “quer curtir a vida e ficar perto da família depois de tantos domingos trabalhados”.
Seu último trabalho para a emissora foi uma série de reportagens especiais para o Jornal Nacional sobre as olimpíadas, que foram para o ar em julho. “Na semana passada, Tino nos procurou novamente pra dizer que esse dia chegou. É raro alguém ter a sabedoria, a coragem e a serenidade de decidir parar no auge. Tino quer curtir a vida e ficar perto da família depois de tantos domingos trabalhados, de tantas longas viagens, de tanto tempo afastado de casa”, declarou a emissora.
“Sem exagero algum, Tino Marcos deixar a reportagem é como Pelé se despedir dos campos. Tino entrou na Globo em maio de 1986 e foi um dos responsáveis pela criação de um jeito único e bem brasileiro de se contar histórias esportivas na TV. Um gênio do audiovisual, da decupagem frame a frame, da pergunta exata, do texto perfeitamente casado com a imagem. Um estilo que influenciou gerações. Tino é até hoje referência”, afirmou.