Após a confirmação que haverá um segundo turno nas eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), a cantora Anitta usou as redes sociais para fazer um longo desabafo. Na publicação, a artista demonstrou tristeza pelo resultado do primeiro turno e reafirmou o seu apoio ao ex-presidente Lula. “É muito triste o que estamos vivendo hoje. Infelizmente não só no Brasil, em todo o mundo”, disse ela.
“Independente do resultado das eleições, ninguém sairia inteiramente vencedor, pois uma nação dividida é uma nação em guerra. Uma nação em guerra é uma nação triste e adoecida”, afirmou a cantora, que demostrou tristeza por famílias se desfazendo por conta da guerra política. “Famílias, amigos, amores… se desfazendo por guerras políticas das quais nós, população, conhecemos tão pouco que nem temos consciência se somos parte da peça do teatro ou se estamos assistindo à peça. Quanto mais saber o que acontece nos bastidores da trama”, disse ela.
“Quanto mais mudar o destino daquela trama… bom seria se durante o voto pudéssemos todos votar em quem queremos eleger e votar também em quem não queremos. Assim a população não se dividia. A população não seria obrigada a escolher qual a metade do seu próprio povo deve odiar”, completou a artista. “Pro segundo turno iriam as opções que não agradam 100% a ninguém e não desagradam 100% a ninguém”, prosseguiu.
“Ao invés de obrigar a população a brigar com sua outra metade, ela seria obrigada a aprender que nem tudo na vida é 100% do jeito que a gente quer. Que precisamos pensar no outro, que tem realidades diferentes das nossas. E que ao pensar no outro, vamos sim abrir mão de uma ou outra coisa que é bom pra gente mas pro outro não. É mais humano ser obrigado a lidar com a balança da vida do que ser obrigado a entrar em guerra com metade da sua nação”, continuou a cantora.
“Infelizmente não temos essa opção. E nesse momento o Brasil precisa pensar no que é humano. Eu quero voltar no tempo onde não precisava assistir famílias que se amam pararem de se falar, de se amar, de se admirar por questões políticas. Eu queria voltar no tempo onde as agressões, intolerâncias, medo, xingamento etc não eram rotineiras e corriqueiras sob a “alegação” de razão política. Isso é tudo tão triste. Não tem mais a ver com política. Virou questão de respeito básico ao outro. Compaixão, senso coletivo. Eu não quero mais assistir isso acabando”, concluiu Anitta.
