Gabriela Ribeiro, repórter esportiva e apresentadora eventual do Globo Esporte SP, desabafou nas redes sociais sobre mensagens machistas e de assédio que recebe de internautas. Em uma plataforma de mensagens curtas, a jornalista da emissora líder condenou o comportamento de seguidores que publicam comentários desrespeitosos de cunho sexual e sobre seu trabalho nas postagens de seu perfil pessoal.
“Você posta foto profissional na sua conta do Instagram. Nos comentários, babaca chamando de ‘Maria chuteira’, cidadão de bem falando que ‘comeria fácil’, gente dizendo que eu quero aparecer mais que o jogador (minha conta do Instagram, veja bem). Cara, que desgosto”, disse ela em uma sequência de mensagens. De acordo com a jornalista da Globo, a rede social de fotos nem ao menos analisa os conteúdos inadequados que são reportados.
“E denunciar não adianta, viu? É cada DM [mensagem privada] que eu denuncio que o Instagram só diz ‘não temos tempo de analisar, bloqueie essa conta e vida que segue’. Mas no fundo só fico pensando na desgraça que é a vida dessa gente, sai fora”, finalizou Gabriela Ribeiro. Nos comentários, a profissional recebeu mensagens de apoio de seguidores e colegas de profissão. “Sinto muito, amiga. Ninguém merece passar por isso. Que difícil, todo dia uma pancada. Siga firme que o voo grande está chegando”, disse Alinne Fanelli, jornalista da rádio BandNews FM.
“É revoltante ver que em pleno século XXI, uma mulher ainda tenha que passar por isso. Você é uma profissional incrível, Gabi! Siga firme fazendo o seu trabalho e não se deixe abalar com esse tipo de pessoa. Tô junto com você nessa!”, escreveu a conta oficial do SporTV, canal esportivo da Globo da TV por assinatura. “Que horror. Sinto muito!”, lamentou Lola Ferreira, repórter do UOL. “É uma droga ter que passar por isso. E pior ainda ver que não tem denúncia que faça isso acabar. Força”, disse a jornalista Marcella Azevedo, da ESPN.
Natural do Paraná, Gabriela Ribeiro foi contratada pela Globo em 2019, após passar quase três anos na RPC, afiliada da rede no Estado. Ela despertou interesse dos executivos depois de cobrir férias do Esporte. No final de 2018, a repórter foi vítima de assédio ao ser beijada por um torcedor no rosto, quando fazia a cobertura do embarque do Athletico, que iria jogar na Colômbia. Em março de 2021, ela passou a fazer parte da escala de profissionais que comandam o Globo Esporte SP aos sábados e feriados.
