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JORNALISTA ESPORTIVA

Ana Thaís Matos chorou com convite da Globo para comentar jogos da Copa

Imagem com foto da comentarista esportiva Ana Thaís Matos
Ana Thaís Matos, jornalista da Globo, ficou emocionada com convite para comentar jogos da Copa do Mundo do Catar (foto: Globo/João Cotta)

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Primeira mulher a comentar os jogos da Copa do Mundo na TV aberta brasileira, Ana Thaís Matos ficou emocionada com o convite para trabalhar na cobertura do evento no Catar. Em entrevista, a jornalista afirmou que não se imaginava como comentarista e deu detalhes de como foi sua reação ao receber o convite para integrar a equipe da Globo no país do Oriente Médio. “Quando a direção me chamou para me comunicar que eu iria à Copa e comentaria os jogos da seleção brasileira, eu comecei a tremer e chorar. Foi inesperado”, disse ela.

Em conversa com a coluna da jornalista Patricia Kogut, de O Globo, Ana Thaís confessou que sofre com a chamada síndrome da impostora, quando o indivíduo constrói, dentro da cabeça dele, uma percepção de si mesmo de incompetência ou insuficiência. Ela afirma que ainda não entendeu a dimensão do seu feito. “Eu fico tão preocupada em ter conteúdo e em ler bem os jogos que esqueço que existe uma história antes de tudo isso. Ser a primeira é especial, mas eu gostaria que fosse algo comum e que já tivesse existido uma primeira lá em 1930, na primeira Copa do Mundo”, disse a profissional.

Ana Thaís Matos estreou como comentarista na Copa do Mundo feminina em 2019. Desde então, a jornalista vem ganhando espaço nas transmissões de futebol da Globo. Ela contou o que faz quando bate a insegurança no desempenho do trabalho: “Nós somos educadas para sermos inseguras. Uma mulher confiante é rapidamente tirada de arrogante. Quando a insegurança bate, eu olho para o lado e penso no que eu era e no que eu me tornei. Procuro focar no que sou boa. Encontro conforto nas minhas potências, que são os estudos, por exemplo. Eu estou sempre respirando fundo e seguindo em frente”.

Ela também revelou como lida com as críticas da internet, uma vez que o trabalho na emissora líder é um lugar de destaque no cenário do jornalismo esportivo. “Já sofri muito, sem exagero algum. Já liguei para amigos de madrugada perguntando o que eu fiz para ser odiada por quem não me conhece. De 2020 para cá, comecei a entender que as pessoas na internet precisam mais de mim, no sentido de me jogar hate, do que o contrário. Comecei a me distanciar e a entender que era aquilo. Fiz e faço muita terapia. A terapia salvou minha vida. Não fosse isso, eu não teria superado a carga dos últimos anos”, desabafou.

Apesar de ter aprendido a lidar com o ódio das redes sociais, ela tenta preservar a família da exposição. “Eu evito postar coisas com a minha família porque as pessoas já foram me ofender para irmãs, mãe e namorado. A pessoa pública sou eu, eles não são obrigados a aguentar maluco de internet me xingando. Meu namorado não se importa, mas a minha mãe é uma senhora de mais de 70 anos. Ela fica preocupada com a violência”, finalizou. Ana Thaís Matos é formada em Jornalismo pela PUC-SP. Ela começou na Globo em 2012, como repórter esportiva da Rádio Globo. No SporTV, estreou na cobertura da Copa do Mundo da Rússia em 2018, antes de chegar na televisão aberta.

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