Bruna Marquezine participou de um dos painéis na CCXP e falou sobre a cultura do cancelamento, que vem dominando as redes sociais há vários anos. A atriz também avalliou a migração dos influenciadores digitais, que vem ganhando cada vez mais espaço em produções como séries, novelas e filmes, e disse entender as críticas dos profissionais, mas afirmou também entender quem está do outro lado. “Toda vez que vejo um ator ou atriz criticando isso, eu entendo, mas lamento”, ponderou, em uma defesa velada ao trabalho de Jade Picon em Travessia.
“Confesso que toda vez que vejo um ator ou atriz criticando isso, eu entendo, mas lamento. Entendo a frustração, porque é uma carreira muito difícil. No nosso país as pessoas têm uma visão muito glamourizada do que é ser ator e não é nada disso”, comentou Bruna, ressaltando que artistas não tem vida fácil e precisam de “capacitação, estudos, dedicação e noites sem dormir”.
“Quantos atores dedicam a vida inteira e não conseguem um papel numa grande emissora, que é a grande vitrine, e não ganham dinheiro algum, mesmo fazendo Arte, fazendo o que amam? Entendo a frustração desses artistas que muitas vezes pagam para trabalhar. Por que essas pessoas nunca têm oportunidade?”, questionou a atriz, que ainda lamentou a frustração de parte dos seus colegas de profissão.
“Lamento que essa frustração seja verbalizada da forma que é verbalizada, publicamente. Sabemos como as coisas crescem nas redes sociais. A Arte deve ser inclusiva, para todo mundo, dizer ‘você não pode’, virar a atenção para uma única pessoa pode ser um pouco cruel e perigoso. É necessário ter responsabilidade antes de fazer isso”, disse ela, que fez questão de deixar claro que essa era apenas a sua opinião.
“É minha opinião, mas não acho que tenho a razão. Penso em amigas minhas, se tivessem essa oportunidade nas mãos… Se acha que é capaz, por que não? Você pode descobrir que esse é o seu chamado, que quer fazer isso pelo resto da sua vida”, finalizou Bruna Marquezine.