No papel de Silvio Santos no filme O Sequestro, que será lançado em 2023, Rodrigo Faro criticou a série O Rei da TV, da plataforma Star+, que prometeu contar a história do dono do SBT, mas que foi detonada pelo próprio comunicador e sua família. Em entrevista, o apresentador do Hora do Faro disse que não conseguiu ver o empresário na produção do streaming da Disney. “Os atores são maravilhosos, né, o trabalho é incrível. O que eu não vejo é o Silvio, o Silvio que eu conheço não é aquele”, sentenciou o funcionário da Record.
“A gente não pode desmerecer o trabalho, a pesquisa, a gente tem que valorizar. Mas, no meu ponto de vista, não consigo ver o Silvio, não consigo ver o Gugu. Claro que existe uma licença poética, foram colocados personagens que não existem na vida real, mas acho que a licença poética foi um pouquinho além da conta. Mas também tem o lado de querer chamar a atenção”, disse Faro para ao jornalista Roger Turchetti, do canal Intervenção. O conteúdo da entrevista será publicado neste domingo (4) e foi adiantado pelo site NaTelinha, parceiro do UOL.
Na conversa, Rodrigo Faro ressaltou que só interpretaria Silvio Santos nos cinemas caso recebesse autorização do apresentador, o que de fato aconteceu para o filme O Sequestro. O longa está em processo de montagem e em breve o público poderá conferir o resultado final. Ele também comentou sobre sua caracterização na produção, que recentemente viralizou nas redes sociais, mas garante que se divertiu com as comparações ao personagem Quico, do seriado Chaves (1971-1980). Em relação ao jeito de Silvio falar, ele destacou que não quis fazer nada caricato. “O que eu busquei foi a prosódia, a maneira dele falar, sem a caricatura. Eu não preciso imitar, mas trazer praquela maneira do Silvio falar sem exagerar”, explicou.
Rodrigo Faro anunciou em maio, nas redes sociais, o fim das gravações do filme sobre Silvio Santos. Intitulada O Sequestro, a história contará mais detalhes do famoso sequestro do dono do Baú em 2001, em que o empresário foi feito de refém em sua mansão durante sete horas. O longa tem previsão de estreia para o ano que vem, ainda sem data definida. “Fim de uma jornada puxada, difícil, exaustiva. Foram 40 dias filmando e apresentando meu programa simultaneamente e sem parar. Longe da família, dos amigos. Um cuidado maluco com a voz, o corpo, o personagem”, desabafou o comunicador.
Em 30 de agosto de 2001, o dono do SBT foi mantido refém por Fernando Dutra Pinto, que dois dias antes havia sequestrado Patricia Abravanel. Após a liberação da filha número quatro, o criminoso pulou o muro da casa do empresário no Morumbi, em São Paulo, e manteve o apresentador em cárcere privado por cerca de oito horas. O homem rendeu Silvio Santos na cozinha e exigia um helicóptero para fugir. Íris Abravanel e as filhas do casal foram liberadas e o comunicador só conseguiu sair depois da presença de Geraldo Alckmin, que na época era governador de São Paulo. Dutra foi preso e morreu na cadeia cinco meses depois do crime.