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NO ESPORTE

Primeira narradora da TV, Luciana Mariano diz que não teve oportunidades

Foto de Luciana Mariano
Luciana Mariano falou sobre narração no esporte (foto: Reprodução/Internet)

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Pioneira na televisão brasileira como narradora ainda nos anos 90, Luciana Mariano relatou que deixou a narração por falta de espeço. A comunicadora pontuou que um repórter foi promovido a narrador e ela foi rebaixada. 20 anos depois, a jornalista comemorou o espaço conquistado pelas mulheres no esporte.

“Eu nunca abandonei a profissão, mas a narração eu tive de abandonar não porque eu quis, mas porque não me deram chance. Promoveram um repórter a narrador e me rebaixaram de narradora para repórter só porque eu era mulher, mas não aceitei. A partir daí eu passei a ter um programa. Fiquei durante todo esse período sem narrar, só voltei em 2018, Foram 19 anos sem narrar porque não tinha oportunidade”, disse ela em conversa com o UOL.

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A comunicadora, que atualmente está na ESPN, declarou que ainda tem planos dentro dessa carreira. “Ainda sonho narrar uma decisão olímpica do futebol feminino, sonho narrar uma decisão do futebol feminino no Mundial, uma Copa do Mundo”, contou Luciana Mariano que começou na narração por insistência de Mauro Beting.

“Foi um acidente de percurso, na minha cabeça isso não existia, porque não tinha nenhuma mulher que narrava, eu nunca tinha visto, nunca tinha ouvido, então simplesmente não existia (…) Eu tinha já uma vivência no futebol com o jornalismo esportivo, mas a narração foi realmente uma surpresa. O jogo [que narrou pela primeira vez] eu não lembro, mas lembro que era um torneio de clubes de futebol feminino de São Paulo e do Rio de Janeiro. Nele estavam as maiores lendas que nós tivemos no futebol feminino, como por exemplo a Sissi, a Katia Cilene, a Pretinha, a Taffarel e a Formiga”, pontuou.

Questionada sobre o sucesso de nomes como Renata Silveira e Natália Lara no esporte, a comunicadora comemorou que as mulheres estejam conquistando um espaço. “Não me sinto mais sozinha, é a coisa mais prazerosa do mundo. Era terrível, me sentia num deserto, me sentia uma estranha, diferente, esquisita, e hoje vejo que o problema não era eu”, pontuou.

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