Sete meses após ser demitido da filial da Record no Rio de Janeiro, Amin Khader acertou seu retorno à televisão. O ex-titular do quadro A Hora do Venenoso, do Balanço Geral RJ, foi contratado pela TV Correio da Manhã, canal da internet que tem como foco conteúdo para cidades da região serrana do Rio. Na nova empresa, do Grupo Correio da Manhã, o ex-apresentador da emissora do bispo Edir Macedo vai apresentar o comandar Hora do Amin. Em entrevista, ele comemorou os novos desafios da carreira e afirmou que não pretende mais trabalhar com jornalismo de celebridades.
“Eu não vou mais fazer fofoca, não quero. Achoque isso é algo em extinção na TV. A fofoca já era. A internet é muita rápida e os próprios artistas se divulgam em suas redes sociais. Isso acabou com as fofocas. O artista coloca verdades ou publica fake news. Cai quem quer. Quem quer saber detalhes de uma celebridade vai direto ao perfil dela. E os fofoqueiros ficam repercutindo essas postagens. Internet e redes sociais derrubaram as fofocas”, declarou Amin Khader para Sandro Nascimento, do site NaTelinha.
As gravações do Hora do Amin vão ocorrer no estúdio da TV Correio da Manhã, localizado na zona oeste da capital fluminense, e na sede do canal na cidade de Petrópolis. “Estou feliz com minha volta à televisão na TVC. Vou gravar em estúdios e também nas ruas. Gosto de sentir a energia do povo”, celebra o artista. Apesar de ter sido demitido da Record em um corte de gastos, o comunicador não guarda mágoas da antiga casa. “Fui muito feliz nos 18 anos que trabalhei na Record, mas já virei a página. Todo mundo na rua me para saber onde estou, eu digo agora: ‘Agora sou da TVC’”.
Amin Khader revela que sofre preconceito por ser um gay idoso
Em julho do ano passado, Amin Khader esteve no programa The Noite com Danilo Gentili, do SBT, e falou sobre diversos assuntos polêmicos. Entre eles, o comunicador comentou sobre a relação dele com a comunidade LGBTQIA+ e afirmou que não levanta a bandeira. Segundo o apresentador, atualmente “é fácil ser gay”. “Eu não levanto a bandeira gay. Hoje é muito fácil ser um ‘viadinho’”, disparou ele, na ocasião.
“Eu quero –como eu, que vim da zona norte do Rio de Janeiro– quero ver, quando era viado, gay, 40 anos atrás. Hoje é muito fácil. Eu não levanto a bandeira. Nem eu, nem o Ney Matogrosso. Tenho 65 anos de idade, o Ney tem 80 anos, vai levantar bandeira pra quê? Mas, eu nunca vou deixar de ser gay”, relatou ele. “Os gays não me abraçam muito porque acham que ‘é vovô’, uma ‘bicha velha, acabada’. Tem isso”, afirmou Amin Khader.