Luisa Biella, ex-bailarina do Faustão na Dança dos Famosos, escreveu um longo desabafo após raspar o cabelo. A dançarina tomou a decisão por vontade própria e relatou a dificuldade que foi para se reconhecer ao tomar a decisão. A jovem declarou que se solidariza com quem precisa fazer por obrigação em um tratamento como o câncer.
“Quem me conhece sabe que já faz um tempo que eu tinha essa vontade de raspar meu cabelo na zero, e esse dia chegou. Já faz vários dias, na verdade, mas me distanciei um pouco daqui pra processar tudo que estou vivendo e sentindo ultimamente. Queria dizer que foi uma experiência muito diferente do que eu idealizei que seria, pois no momento em que eu raspei não veio uma sensação de liberdade e regozijo instantâneos, pelo contrário, eu demorei para me reconhecer”, contou ela.
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Ao raspar o cabelo, ela revelou que sentiu o que muitas mulheres sentem. “Eu reafirmo a minha completa solidariedade com todas as mulheres carecas que tem seus cabelos raspados por doença ou tratamento, aquelas que diferente de mim, não tem escolha sobre ter ou não cabelo. Não somos acostumadas a nos vermos sem este adorno maravilhoso, que desenha nossos rostos e emoldura nossa cabeça, temos muita pouca representatividade em qualquer ferramenta midiática ou informacional e mesmo na sociedade”, disse.
A minha reação, mesmo já raspando há algum tempo, me ver sem nem um fio de cabelo me produziu uma sensação muito diferente. Mas, posso dizer que, para mim, foi uma questão de costume. Como quando a gente corta o cabelo, de qualquer comprimento e quando passa na frente de um espelho se lembra que agora está com tal aparência. Pelo menos foi assim para mim. Depois de poucos dias, já me acostumei a me ver e não estranhar mais, inclusive já estou amando minha aparência assim”, detalhou.
A ex-dançarina do Faustão relatou que notou olhares diferentes na rua. “Quem tem que gostar tem que ser essencialmente eu. A opinião alheia quase não me afeta mais. Inclusive, raspar o cabelo me outorgou liberdades das quais eu me privava por puro e simples medo e vaidade fúteis, como usar um batom vermelho para ir ao mercado ou para caminhar. Parece que esses sentimentos depreciativos e auto críticos me deixaram por um tempo junto com as madeixas”, afirmou.
