Mariana Goldfarb, mulher de Cauã Reymond, falou sobre o assédio que já viveu enquanto era modelo e detalhou que foi assediada no shopping há cinco anos. A artista pontuou que não se lembra do rosto da pessoa e não teve atitude na hora do ocorrido. “Já rolaram várias vezes. A última vez que rolou muito forte tem cinco anos, que foi nessa loja”, disse ela.
“Aconteceu no meio do horário comercial. Nunca mais voltei ao shopping nem me lembro do rosto da pessoa. Se eu voltasse a essa loja, não conseguiria identificar o rosto dele. Foi apagado da minha memória. Antes já tinha acontecido em local de trabalho inúmeras vezes. Modelo tem muito pouco valor, é uma profissão pouco respeitada. E na época eu trabalhava muito como modelo. Na verdade nem é a profissão. As mulheres de maneira geral são desrespeitadas”, disse ela em conversa com a coluna de Patrícia Kogut.
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A modelo pontuou que anda sempre com medo após o ocorrido. “Depois desta vez do shopping, eu andei tão escaldada… Eu sei lá, ando com medo, não deixo muito se aproximarem. Não denunciei esse cara nem do trabalho. Poderia ter. Às vezes me sinto muito irresponsável, porque o que esse cara fez comigo… Eu não fui a primeira. Eu procuro ferramentas que me botem para agir, que me botem para denunciar um cara desse. A gente tem medo de denunciar um cara que abusou da gente. Eu ainda estou entendendo o porquê. Que medo é esse?”, pontuou.
“Acho que a gente tem que investigar esse medo, entender de onde ele surge. Quando eu me sentir preparada, eu vou [denunciar]. Esse homem da loja não tenho como, porque não sei o nome dele, não me lembro nada, não sei nada. Fiquei completamente paralisada. Mas do trabalho eu posso denunciar ainda. É uma coisa que venho trabalhando, juntamente com minha analista, para conseguir fazer isso de uma maneira correta e consciente, mas para fazer. Queria poder te falar assim: “É esta pessoa aqui, nome, sobrenome, CPF e tal”. Mas não consigo fazer isso ainda”, afirmou.