Samuel de Assis conquistou o primeiro papel como protagonista aos 40 anos. Na novela Vai na Fé, o ator destacou que foi um longo caminho até chegar ao momento em que se reconhece como um artista que está naquela posição pela beleza e carreira. “A luta foi grande e árdua para um homem preto ser considerado um homem bonito e não apenas um fetiche”, contou ele.
“Então, quando olham para mim e dizem ‘você é um galã, é um homem bonito’, eu só tenho que dizer ‘obrigado’. Fui a um festival de música e senti a repercussão de ter que andar ali. Aconteceu no melhor momento. Aos 40 é muito mais leve, porque você está muito mais consciente de você mesmo e de suas escolhas e lida melhor com qualquer coisa. Não se deslumbra. Mesmo em Rensga Hits!, quando era muito abordado nas ruas [o assédio] não aconteceu”, afirmou em entrevista para a Quem.
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O ator afirmou que tem sido uma experiência boa trabalhar na novela. O personagem de Samuel de Assis é um advogado frustrado. Ele era um jovem idealista, que queria ser defensor público e ajudar jovens negros presos sem julgamento, mas, com a morte do pai, assumiu seu escritório e acabou defendendo acusados de crime de colarinho branco. “Estou extremamente feliz. É a primeira novela da Globo com praticamente 70% do elenco preto, mas sem ser uma trama de escravos. Temos pretos na direção, na produção, em todas áreas. A luta dele e a minha no Brasil é estar vivo, é esse movimento de resistência”, pontuou.
Em Vai na Fé, ele se casa com Lumiar (Carolina Dieckmann), mas se reencontra com o primeiro amor (Sheron Menezzes). “Ben se casou por amor, ele e Lumiar se amam muito e são um casal muito feliz. Os dois têm uma parceria linda, é um amor verdadeiro. Mas ela não foi o primeiro amor e tem sempre aquilo do ‘que poderia ter sido’”, disse.