THIAGO FRAGOSO

Ator de Travessia revela detalhes de personagem assexual

Foto de Thiago Fragoso em novela Travessia
Thiago Fragoso falou sobre papel como assexual em Travessia (foto: Reprodução/Globo)

Thiago Fragoso, que interpreta Caíque em Travessia, da Globo, detalhou como enxerga o personagem da trama de Gloria Perez. O artista afirmou que conversou com um caminhoneiro para criar a personalidade do papel que iria interpretar e sentenciou que é uma profissão complexa para quem é assexual.

“Fiz perguntas íntimas. Ele é caminhoneiro, uma profissão de homens um tanto broncos. Imagina ser assexual vivendo nesse meio? Marcos me contou que sofreu a vida inteira com humilhações. Já ouviu até de mulheres que ‘se homem não serve pro sexo, não serve pra nada’. Foi muito esclarecedora [a conversa], eu quis me aprofundar no tema e parti para os livros”, disse ele em conversa com o Extra.

O ator revelou como o personagem consegue ter um crescimento na história ao se relacionar com Leonor (Vanessa Giácomo). “Ela nunca teve um relacionamento positivo, os homens sempre foram tóxicos. Em Caíque, ela encontrou um cara adorável, que levanta o seu astral, a diverte, parecia perfeito para todas as suas expectativas. O único senão é que ele não a satisfaz sexualmente. Esse casal da ficção é interessante porque faz pensar que nem sempre a gente tem tudo o que quer na vida”, detalhou.

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“Até que ponto as pessoas estão dispostas a entrar num acordo, a limitar a sua satisfação sexual em função de um grande afeto? Pensando bem, eu acho que toparia um amor assim… Não é algo para se descartar de cara. Se Mariana fosse assexual, eu ia continuar querendo compartilhar a vida com ela nesses 18 anos. Com pouco ou nenhum sexo, da forma que fosse”, afirmou o ato da Globo.

O artista contou que as novelas escritas por Gloria Perez costumam ter assuntos variados. “As novelas da Gloria têm sempre essa parte do marketing social, que eu considero muito importante. A assexualidade é desconhecida e rejeitada, mesmo dentro da comunidade LGBTQIAP+. As pessoas têm preconceito porque a gente vive numa sociedade extremamente sexualizada. Tudo passa, senão pelo sexo em si, pela promessa de: a sedução, a sensualidade”, disse.

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