Regina Duarte se desculpou nas redes sociais após ser punida pelo Instagram por publicação de notícias falsas e enganosas. Recentemente, a ex-atriz da Globo compartilhou na internet um vídeo do vereador bolsonarista Sandro Fantinel (sem partido), de Caxias do Sul (RS), para comentar sobre o caso da descoberta de trabalho análogo à escravidão em vinícolas da região. A artista defendia produtores envolvidos no caso e os incentivou a contratar argentinos no lugar de nordestinos. “Produtores, vou dar um conselho a vocês: não contratem mais aquela gente lá de cima”, disse ela.
Em nova postagem, Regina se mostrou arrependida e afirmou que que não tem “embasamento suficiente” para falar do tema. “A partir das interpretações que fui recebendo a respeito do meu post com a fala do vereador Sandro Fantinel, tenho buscado mais informações sobre o caso das vinícolas gaúchas e volto agora para um pedido de desculpas por ter abordado um assunto de que não tenho embasamento suficiente. Quem me conhece e me segue aqui sabe que não seria nunca do meu feitio apoiar xenofobia, preconceito e injustiça social”, justificou.
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A ex-secretária especial de Cultura do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ressaltou que é filha de nordestino. “Aproveito para lembrar aqui que sou filha de uma gaúcha e um cearense que criou sete filhos vindo de ‘pau de arara’ do Nordeste para o Rio de Janeiro para trabalhar”. A ex-contratada da Globo disse ainda que, ao compartilhar o discurso xenófobo do vereador, ela queria propor uma discussão sobre xenofobia e leis trabalhistas no seu perfil. “Na ocasião, o assunto ainda não tinha tido maiores esclarecimentos, pelo menos pra mim, não era do meu conhecimento os motivos reais pelos quais o vereador se indignava tanto na tribuna”, disse Regina Duarte.
Na semana passada, a apresentadora Jéssica Senra, da TV Bahia, afiliada da Globo em Salvador, rebateu o discurso xenófobo do vereador Sandro Fantinel. Na terça-feira (28), durante manifestação na Câmara Municipal de Caxias do Sul, o político ofendeu trabalhadores encontrados em condição análoga à escravidão na cidade vizinha de Bento Gonçalves. O vereador deu a entender que os homens, em sua maioria baianos, são preguiçosos e sujos. “Com os baianos, que a única cultura que têm é viver na praia tocando tambor, era normal que fosse ter esse tipo de problema”, disse ele, que causou revolta em todo o Brasil.