Luiza Tomé atuou em grandes produções da Globo nos anos 80 e 90. A atriz relatou que foi assediada por um diretor da emissora carioca quando ela tinha 20 anos e pontuou que esse foi o motivo da saída dela do canal. O chefão da empresa não aceitava que ela estivesse em projetos.
“Todo dia ele passava por mim e me dava o telefone dele. Todo dia, ali no corredor. Às vezes, estava tristinha porque tinha brigado com meu namorado, o primeiro amor da minha vida, ele passava e dizia: ‘Está tristinha?’. Eu pegava aquele cartão, jogava na bolsa de cena e nunca liguei. Na época, eu era uma menina de 20 e poucos anos e 40 [anos] para mim era velho, podia ser meu pai”, declarou em conversa com o podcast Inteligência LTDA. A artista pontuou que foi escalada para algumas novelas, mas sempre foi barrada.
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Recentemente, Luiza Tomé contou como funcionavam os contratos com a emissora. “Era muito bom, mas perdia muito a liberdade. Claro que é bom receber um dinheiro e às vezes estar sem trabalhar na Globo, mas, em contrapartida, você fica com limitações. Tem que pedir permissão, você tem um pai o tempo inteiro. Em qualquer emissora você fica muito contida em expressar o que você acha da vida, das pessoas, do mundo”, revelou ela na Jovem Pan.
A artista também revelou qual o lado político dela. “Se você pensa como eu, é legal; se pensa diferente de mim, é louco, doente, assassino, reacionário. Isso é louco, chato, está muito chato o país. A gente não pode mais falar muitas palavras. Eu sou de direita, tenho o direito de pensar. Já votei na esquerda, mas a gente muda, graças a Deus”, disse.
“Fiz grandes textos, grandes novelas. As pessoas precisam sonhar, a gente está num ano muito difícil, muito doido, muito falso. A novela é um momento de sonho, ou de aprender coisas, textos e autores bacanas. Não ficar retratando violência, acho que está muito punk. Olha que absurdo isso, eu só falei do que acredito, do que eu gosto”, contou.