Nathalia Santos participou como comentarista do Esquenta (2013-2016) e agora é assistente de direção de Todas as Flores, novela exclusiva do Globoplay. A jornalista pontuou que a oportunidade de trabalhar em um programa de TV deu a ela a certeza dos passos que queria seguir.
O que você precisa saber
- Nathalia Santos, assistente de direção de Todas as Flores, é deficiente visual e comemorou a oportunidade de estar na equipe do folhetim;
- “Consegui juntar toda a minha bagagem. Foi como se tivesse recebido um presente do qual nem sabia que precisava”, comemorou;
- Ela já havia trabalhado na Globo anteriormente, como comentarista do Esquenta, programa comandado por Regina Casé;
- Curiosamente, Regina também faz parte da equipe da novela, que estreará em breve na grade da Globo.
“Sempre fui muito apaixonada por gente, pessoas, histórias. No Esquenta, isso era muito latente. A gente falava de diversidade sem que a palavra tivesse na moda, sem que fosse pauta. Era um programa atípico da grade da TV brasileira. Foi por conta disso que comecei a fazer faculdade de jornalismo para contar mais essas histórias. Estar no palco como comentarista e nos bastidores como pesquisadora e redatora só reforçou minha vontade de seguir trabalhando com isso”, afirmou.
Leia mais: Faustão tenta aproximação da direção da Band com Cléber Machado
Leia mais: Patrícia Poeta se revolta contra fofocas e se diz vítima de notícias falsas
A comunicadora declarou que integrar a equipe de Todas as Flores tem sido muito gratificante. “Consegui juntar toda a minha bagagem corporativa e televisiva porque o assistente de direção tem esse olhar generalista, mas sem esquecer dos detalhes e de cuidar das pessoas. Foi como se tivesse recebido um presente do qual nem sabia que precisava. A ideia é continuar e galgar cada vez mais espaços nessa área. Sou uma bandeira de diversidade ambulante, não tem como ignorar meus rótulos. Sou mulher, periférica, negra e com deficiência”, declarou em conversa com a Quem.
“Quando vim para Todas as Flores, fiz questão de não ser a única com deficiência visual na equipe. Foi, intencionalmente, porta de entrada para os meus semelhantes. Trabalhar com os nossos pares é fundamental para o nosso sucesso. Além disso, sou especialista na deficiência, não por ser deficiente, mas por estudá-la. Posso estar ao alcance do diretor-geral, do autor e dos atores como alguém que vai responder com propriedade determinados assuntos. E, mesmo que eu não saiba, porque eu não sei tudo, vou pesquisar em fontes seguras e indicar o caminho”, detalhou.