Galvão Bueno citou a cobertura do acidente aéreo da Chapecoense (2016) para relatar um dos momentos mais difíceis da carreira dele. O comunicador afirmou que após o Bem, Amigos a equipe tinha uma madrugada longa e foi ali que eles souberam o que aconteceu.
O que você precisa saber
- Galvão Bueno relembrou um dos momentos mais difíceis de sua carreira: a cobertura do acidente aéreo da Chapecoense;
- Ele estava no ar horas antes da tragédia e foi avisado que precisaria viajar às pressas para o Rio de Janeiro;
- “Tocou o telefone e avisaram que tinha um jatinho em Congonhas. Um tempo muito ruim“, recordou o narrador.
O avião levava 77 pessoas a bordo, tendo por passageiros atletas, equipe técnica e diretoria do time brasileiro, jornalistas e convidados. “Quando passava das três horas da manhã, meu telefone tocou e era o Caio: ‘Galvão, alguma coisa aconteceu com o voo da Chape’. Todos ficamos angustiados e, lá no restaurante eu falei: ‘Gente, é o seguinte, mais uma garrafa de vinho, e agora nós vamos entrar nessa história’. Aquele Bom Dia Brasil foi uma loucura, porque ali no estúdio estavam algumas pessoas que estiveram com o time na véspera, porque eles tinham jogado em São Paulo”, lamentou o narrador ao UOL.
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“Era uma emoção, gente passando mal e sendo socorrida, e as notícias vinham chegando: salvou, não salvou? E quantos companheiros nossos estavam ali? Amigos de muitos anos”, contou. O comunicador afirmou que sabia que entraria no Jornal Nacional, mas imaginou que seria uma entrada. Pouco tempo depois do acidente aéreo, ele precisou entrar em um jatinho para viajar ao Rio de Janeiro. “Quando deu uma da tarde, falei que ia tomar um banho de novo e tirar um cochilo, porque sabia que teria algo no Jornal Nacional, não sabia o que seria”, relatou.
O apresentador afirmou que ficou com medo. “Quando ia me preparar para dormir umas duas horinhas, sei lá se ia conseguir, tocou o telefone e avisaram que tinha um jatinho em Congonhas. Era para eu ir para lá, para voar ao Rio de Janeiro e fazer o JN. Aquelas coisas realmente da Globo, aquela agilidade e tudo. Cara, um tempo muito ruim e eu perguntava para o comandante: ‘Tem certeza que vamos voar daqui?'”, disse.
“No fim, quando desci da posição de transmissão, fui para a redação e fiz aquele encerramento. No fundo, tinha uma projeção com fotos de todos que perderam a vida, e ao terminar o jornal, todos os profissionais começaram a bater palmas. Aquilo ficou marcado na minha vida”, pontuou Galvão Bueno.