Após 46 anos na Globo, Cissa Guimarães foi anunciada como apresentadora do Sem Censura, da TV Brasil. A comunicadora relatou como se sentiu com o convite e afirmou que a proposta original do programa estava perdida nos últimos anos. “Resgatar o prestígio”, começou ela.
O que você precisa saber
- Nova contratada da TV Brasil, Cissa Guimarães falou sobre o desafio de assumir o comando do Sem Censura;
- Ela acredita que o programa perdeu a sua essência ao decorrer dos últimos anos;
- “O mais importante desse desafio é trazer o programa de volta e resgatar o prestígio que ele sempre teve“, afirmou.
“Eu me sinto como uma criança chegando na festa da melhor amiga. É um misto de felicidade com um friozinho na barriga. O Sem censura é um programa de tradição e prestígio, com um histórico importantíssimo. Lembro que, na última vez em que participei do programa, quem estava ao meu lado na bancada era o Ferreira Gullar (1930-2016)”, disse a artista em conversa com o site New Mag.
A apresentadora afirmou que enxerga a oportunidade como uma forma de elevar o programa. “É uma produção que sempre elevou a cultura, e isso é algo que me interessa muito: trazer de volta essa proposta, perdida nos últimos anos. Gosto de conversar e não sinto que estou indo trabalhar, mas celebrando a vida. Talvez o mais importante desse desafio seja o de trazer o programa de volta e resgatar o prestígio que ele sempre teve”, pontuou.
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Ao falar sobre a demissão da Globo, Cissa Guimarães pontuou que esperava que o contrato fosse renovado. “A dor vem da ruptura de uma vivência. Passei 46 anos na TV Globo e eu mesma não tinha ideia de que era todo esse tempo. Num primeiro momento fiquei assustada, até porque esperava que o contrato fosse renovado. Uma pesquisa foi encomendada sobre o É de Casa e foi perguntado ao público qual dos apresentadores ele achava o mais simpático e meu nome apareceu em primeiro lugar”, contou.
“Quando fui afastada, tomei um susto. Num primeiro momento chutei para cima e constatei: tô livre! Depois veio um luto tardio, até porque você tinha uma rotina. Ué, hoje não vou ao Projac?, você se pergunta. O luto foi doloroso e, algum tempo depois, deu lugar a essa sensação boa de liberdade”, relatou.