Longe das produções desde a segunda temporada da série Me Chama de Bruna (2017), a atriz Maitê Proença passou por situações muito difíceis em sua vida pessoal ao decorrer de sua trajetória na Globo e na vida artística. Uma das artistas mais conhecidas de sua geração, ela enfrentou casos de violência doméstica na família, tragédias com morte e afirmou que foi usuária de alguns tipos de drogas. “Não me arrependo de nada”, disse ela em entrevista para a revista IstoÉ Gente de 27 de setembro de 1999.
O que você precisa saber
- Ícone da teledramaturgia, Maitê Proença teve uma vida marcada por tragédias desde a sua infância;
- Sua mãe foi assassinada pelo próprio pai aos 12 anos, e ela teve que lidar pouco depois com o suícidio do patriarca e de seu irmão;
- Logo depois, a artista acabou se viciando em drogas lícitas e ilícitas;
- “Não me arrependo de nada, mas acho que tive sorte. Eu consegui sair”, afirmou a veterana.
A artista é natural de São Paulo, mas foi criada na cidade de Campinas. Quando tinha 12 anos, teve a mãe assassinada pelo próprio pai, que era muito ciumento. Depois, ainda teve que lidar com o suicídio do pai e do irmão. Por causa das situações, sofria de depressão e ansiedade, fazendo uso de remédios. Ela acabou se encaminhando para o uso de drogas, como cigarro, cocaína, maconha, chás alucinógenos e cogumelos.
Apesar de consumir as substâncias, Maitê Proença afirmou que não se tornou dependente química. “Não me arrependo de nada, mas acho que tive sorte porque outros pararam ali e ficaram. Eu consegui sair. Consumi diversas drogas em várias épocas e desde cedo. A primeira vez que fumei maconha foi aos 14 anos. Era haxixe, na verdade. Não senti nada”, declarou a atriz, que foi contratada da Globo por quase 40 anos.
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“Acho que, num período da minha vida, já no Rio, bebi demais. Eu perdi um pouco a medida do álcool, uma bebida que não consideram droga, mas é uma das mais perigosas porque é liberada. Admito que pisei na bola com bebidas. É uma droga que tenho que tomar cuidado”, continuou atriz conhecida pelas novelas da Globo em entrevista. Em 2014, em conversa com a Quem, Maitê Proença comentou que as drogas a ajudaram na expansão da mente e da busca por conhecimento, poupando anos de terapia.
“Se a droga for usada de maneira boa – não sei se a palavra é essa -, ela amplia sua visão, troca sinapses e desfaz condicionamentos. A droga bem usada resume dez anos de análise. Isso me aconteceu, não estou falando irresponsavelmente. Eu era uma e virei outra. Desfiz traumas de 30 anos em uma noite. Virei outra coisa. Aquela dor desmoronou, virou nada, com uma só compreensão. O que eu fiz em seguida foi elaborar o entendimento. Larguei todas as drogas que usei sem qualquer sofrimento”, pontuou.