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NO SBT BRASIL

Justiça condena SBT por exibir foto de DJ como se fosse autor de crime

Imagem com foto da portaria do SBT
SBT foi condenado por exibir foto de DJ como se fosse autor de feminicídio no Rio Grande do Sul (foto: Reprodução)

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A Justiça condenou o SBT a pagar uma indenização de R$ 40 mil ao DJ Willian Renan Melo Ferreira, que teve sua foto exibida no telejornal SBT Brasil como se fosse o autor de um feminicídio que aconteceu no Rio Grande do Sul. Em janeiro de 2022, o músico começou a receber mensagens e ligações de conhecidos perguntando se ele havia sido preso pela polícia. Sem entender o que estava acontecendo, o DJ recebeu o link de uma reportagem na qual foi envolvido no crime que vitimou uma jovem de forma brutal.

O que você precisa saber

  • O SBT foi condenado pela Justiça por exibir foto de DJ como se fosse autor de um feminicídio que aconteceu no Rio Grande do Sul;
  • A emissora exibiu a foto do artista no telejornal SBT Brasil porque o nome dele é semelhante ao do criminoso que havia sido preso pela polícia;
  • O canal chegou a destruir a gravação original. O juiz condenou a empresa a pagar indenização de R$ 40 mil ao DJ. A decisão cabe recurso.

A informação foi divulgada pelo colunista Rogério Gentile, do UOL. Segundo a publicação, o artista não tinha nenhuma relação com o caso. A imagem dele foi usada no noticioso do canal de Silvio Santos apenas porque seu nome é semelhante ao do acusado, que havia sido preso. De acordo com o processo aberto contra a rede de televisão, o criminoso chama-se William Renan de Mello, sem o sobrenome “Ferreira” do DJ. Na ação, a advogada que representa o músico disse que ele passou a ser ameaçado na internet e perdeu trabalhos por causa da reportagem: “O fato lhe causou danos psíquicos e emocionais”.

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O SBT foi condenado pelo juiz Eduardo Giorgetti Peres a pagar uma indenização de R$ 40 mil ao DJ. A decisão também determinou que o SBT Brasil deverá exibir uma nota de retratação com a mesma duração e no mesmo período em que a notícia original foi transmitida. Procurado pelo UOL, a assessoria de imprensa da emissora paulista afirmou que a empresa vai recorrer da decisão. A defesa do canal disse à Justiça não haver prova nos autos do processo de que o caso foi exibido na forma alegada pelo DJ.

O canal disse também que a gravação foi destruída quando recebeu uma liminar para retirar o conteúdo do ar. “O que não está nos autos [do processo] não está no mundo”, disseram os advogados, ressaltando que cabe a quem acusa apresentar as provas. O juiz escreveu na sentença que o SBT foi além do que havia sido determinado na liminar, destruindo a prova. O meritíssimo ainda destacou que o DJ anexou nos autos imagens das redes sociais que mostram que a foto dele foi relacionada ao crime pelo telejornal SBT Brasil.

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