Priscila Fantin ganhou o primeiro papel na Globo em 1999 com Malhação e depois foi escalada para As Filhas da Mãe (2001). As duas personagens contavam muito com a realidade da atriz, que pontuou que só aprendeu a atuar em Esperança (2002) onde vivia Maria, uma jovem que, na década de 1930, engravidou de Toni (Reynaldo Gianecchini), um amor proibido, e se viu obrigada a casar com outro homem para manter sua reputação.
“Maria tinha uma carga dramática que eu desconhecia. Tudo o que ela passou foi muito distante da minha realidade. Foi um mergulho muito intenso pra mim e, inclusive, entendi o que era atuar. As personagens anteriores habitavam lugares que eu conhecia, com os mesmos conflitos familiares, amorosos, com uma realidade muito parecida com a minha”, declarou.
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A novela Esperança sofreu atrasos na entrega de capítulos e chegou a gravar cenas na véspera e no dia de sua exibição. O autor, Benedito Ruy Barbosa, teve problemas pessoais e se afastou da trama em dezembro de 2002. Walcyr Carrasco assumiu a autoria. “A Maria era uma menina de 1930 que se via sozinha, grávida de um amor proibido. Lembro de uma cena em que a Maria estava fugindo pela estrada, grávida, e começava a sentir as dores da contração”, declarou Priscila Fantin em conversa com o gshow.
“Como eu ia imaginar como era a dor de uma contração? Pensei: ‘Como faço pra simular uma dor dessa?’ Me explicaram como seria e introjetei aquilo. Tive muitas informações externas que tive que vivenciar em mim para a personagem. Isso é atuar: viver uma história que não é a nossa. A Maria foi uma grande escola pra mim e, por isso, muito trabalhosa. Nunca tinha feito cursos para saber técnicas de atuação. Então, era tudo intuitivo, eu vivenciava aquelas coisas todas”, relatou a artista.