Demitido pela Globo há quase um ano, André Marques relembrou os 27 anos que esteve na emissora carioca. O apresentador começou a carreira na televisão em Malhação nos anos 90 e pontuou que tinha sérios problemas com José Bonifácio Brasil de Oliveira, mais conhecido como Boninho.
“Quando eu fui pro entretenimento, ele assumiu o Vídeo Show ao vivo e pegava muito no meu pé. Eu já tive vontade de chamar ele pra sair na porrada. Só que eu conversava com ele e ele sabia que eu era um cara bom, gostava de mim, mas eu demorei a entender isso. Uma vez, eu lembro que eu ajudava a escolher os DJs do Big Brother Brasil e foi um dia que ele não gostou. O cara se comportou mal”, relembrou.
O artista relatou que a discussão ficou acalorada quando ele teve que sair da própria casa para conversar com Boninho. “Eu fui lá falar com ele e ele: ‘Vem aqui’. Eu falei: ‘Cara, eu tô em casa. Eu tô em Niterói de pijama’, e ele: ‘Vem de pijama’. Eu fui de pijama para o Projac, e ele: ‘Você veio de pijama?’, eu: ‘Você falou pra eu vir de pijama, pô’. Ele falou: ‘Falta de respeito’, e eu: ‘Falta de respeito não, eu tava em casa, você que faltou com respeito e me mandou vir aqui agora, então eu vim de pijama’. Sempre teve isso. Ele já brigou sério comigo quando precisou, mas sempre me ajudou”, pontuou em conversa com o UOL.
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André Marques relatou que o começo da carreira dele coincidiu com a do diretor da Globo. “Eu conheci ele como diretor em Malhação, quando ele assumiu e o pessoal ‘Ó, o filho do seu Boni [José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, ex-chefão da emissora] vai assumir e o garoto é bravo’. Ele tinha 20 e poucos anos. Ele foi um cara muito cobrado, que eu já ouvi histórias de amigos, colegas de trabalho e dele, rispidamente pelo seu Boni, um dos maiores magos na história da televisão”, detalhou.
“Ele brigava muito comigo e eu ouvi do amigo pessoal dele: ‘O pai dele era assim e esse é o jeito dele. Ele tá pegando no teu pé porque ele gosta de você’. Ele foi me dirigir na Malhação, eu lembro que eu comprei um Porsche e ele já gostava muito de carro, então deixou um bilhete na porta do carro: ‘Para ter um Porsche, você precisa ter outro carro para andar, senão você vai destruir ele vindo de Niterói todo dia’. Isso foi em 97. A gente sempre teve essa relação, mas nunca trabalhamos junto depois dessa Malhação”, relatou.