O Fantástico estreou em 5 de agosto de 1973 e não contou com apresentadores fixos no começo. Sérgio Chapelin e Cid Moreira se revezavam com atores da Globo. Dono de uma das vozes mais marcantes da televisão, Cid Moreira também era o responsável por fazer a narração do dominical ao lado de Berto Filho (1940-2016).
Segundo informações do O Globo, o apresentador relembrou momentos da própria história na atração e se emocionou diante de imagens de Gloria Maria (1949-2023). O jornalista esteve na emissora três vezes até que conseguisse finalizar as gravações.
O apresentador ficou marcado pelos anos de trabalho no Jornal Nacional e no Fantástico. “Trabalhei no Jornal Nacional e no Fantástico, simultaneamente, durante mais de 10 anos”, relatou ele em uma entrevista. Em 1999, Cid Moreira narrou o quadro do ilusionista Mr. M, um dos grandes sucessos do dominical. A voz do locutor ficou de tal forma associada ao quadro que, quando Mr. M esteve no Brasil, no ano seguinte, o próprio Cid Moreira o entrevistou com exclusividade.
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O jornalista criou a própria identidade no formato e narrava textos baseados em matérias do programa no final de cada edição. “Muita gente ficava aguardando o final do Fantástico, esperando aquela mensagem minha”, relatou em conversa com o UOL. O comunicador também é conhecido por ter gravado a Bíblia na íntegra, ideia que teve durante as narrações do Fantástico.
“Me realizei como profissional ao gravar a Bíblia na íntegra, de Gênesis ao Apocalipse. Um desafio profissional que só o cara que gosta de trabalhar mesmo (faz), se não é impossível. Imagina gravar a Bíblia na íntegra? Foram quase sete anos. Eu fiz tudo, inclusive, o texto, ajeitei os personagens., dirigi, sem ser ator, sem nada… Foi tudo no improviso e eu comecei a me soltar na área artística”, contou.
