Em fevereiro, Sônia Bridi fez uma reportagem especial para o Fantástico sobre a crise humanitária que os indígenas Yanomami vivem. Uma imagem em que a comunicadora carregava uma criança foi um dos grandes destaques da matéria e a jornalista pontuou que não queria que fosse ao ar.
“Não carreguei criança porque queria aparecer na televisão carregando criança. Carreguei porque alguém tinha que levar. Eram nove crianças e um adolescente, mas tinha pouca gente e alguém tinha que carregar e carreguei também. Eu não queria botar no ar. Porque eu achava que chamaria atenção para mim e não queria isso, eu achava que você [o repórter] não pode chamar atenção. Depois fui convencida de que a imagem mostraria a falta de estrutura”, declarou.
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Sônia Bridi já esteve em todos os continentes e cobriu inúmeros momentos importantes, mas destacou que nada foi tão marcante. “Foi a pior coisa que já vi na minha vida. Já cobri campo de refugiado, já cobri conflito, já cobri tragédias e nunca vi nada tão horrível antes. Nós estávamos com o helicóptero da Força Aérea Brasileira e os garimpeiros vinham para cima da gente, nos encarando, nos desafiando, sem respeitar a autoridade. Uns mostrando armas. Vi um cara com uma arma apontando para a gente”, relembrou em conversa com a Quem.
A comunicadora trabalha ao lado do marido, o repórter cinematográfico Paulo Zero. “Se por um lado viajo com meu marido, meus filhos ficavam sem pai e sem mãe. Isso é uma coisa que eu converso muito com eles. Fui ser correspondente quando a Mariana tinha 11 anos de idade. Aí você estava em um país estranho, Mariana ficava em Nova York com 11 anos e eu lá no Ártico no meio do gelo, fazendo não sei o quê. Fui para o México porque aconteceu um atentado… Os dois passaram muito por isso”, destacou.