Mesmo com a decepção com No Limite, que perdeu quase um milhão de telespectadores em um mês, a Globo segue acreditando que achará outro programa capaz de atrair tanta repercussão e audiência quanto o Big Brother Brasil. Para o segundo semestre, a emissora irá apostar todas as suas fichas na estreia da versão brasileira de The Masked Singer, que contará com a apresentação de Ivete Sangalo. O reality show musical será alvo de uma grande campanha pré-estreia e terá uma grande interação com os demais programas da casa a partir de seu primeiro episódio, que irá ao ar na noite de 10 de agosto — a atração durará nove semanas e terá pausas em 7 de setembro e 12 de outubro.
O participante que for desmascarado irá enfrentar uma verdadeira peregrinação na programação da Globo. Assim como acontece com os confinados do Big Brother Brasil, os eliminados da competição musical vão passar por uma maratona de entrevistas pós-eliminação. Por sinal, o programa já foi vendido para o mercado publicitário com a promessa de que as celebridades eliminadas vão ser submetidas a entrevistas em diversas atrações da casa, como o Mais Você e o Encontro com Fátima Bernardes.
A reportagem do TV Pop apurou que a interação com os outros programas não é o único argumento utilizado pela emissora para chamar a atenção dos anunciantes. Juntamente com a proposta comercial de The Masked Singer, a Globo enviou para as agências de publicidade um estudo feito pelo seu departamento de Pesquisa, apontando que “os realities são um fenômeno cultural e narrativas da ‘vida real’ ganharam força”. A seguir, leia parte deste estudo:
Nos últimos anos houve a explosão de uma produção audiovisual hiper conectada com o que o público entende como uma experiência real. O que move esse desejo pelo real é a reação a um sistema e a busca por experiências. Além do público se colocar no lugar do outro (e se fosse eu?) para limites físicos, psicológicos, comportamentais, culturais e emocionais.
O desejo pelo real surge como um novo elemento de interesse. Ganha protagonismo na narrativa e passa de objeto para sujeito. Tem a busca de público por proximidade e identificação, além do desejo de romper a “quarta parede” e acessar o comum de artistas, influenciadores e personalidades. É um reposicionamento da pessoa comum.
Outra novidade ainda não divulgada sobre o reality show de Ivete Sangalo é que a competição, assim como acontece no The Voice Brasil, contará com outro apresentador. “Para a magia do The Masked Singer acontecer é essencial contar a história fora dos palcos, nos bastidores do programa. E, por esse motivo, os bastidores também ganham um apresentador para chamar de seu. O reality terá um segundo apresentador ao lado da cantora, que compartilhará os bastidores da atração”, anunciou a emissora.
A dinâmica de The Masked Singer girará em torno de três blocos: no primeiro deles, acontecem as apresentações especiais, em que um grande show dará início ao episódio da semana, sempre com a presença de jurados, convidados e dos apresentadores. No segundo bloco, vão acontecer os duelos e as apresentações, em que os mascarados vão se apresentar e os jurados vão escolher os melhores e os piores da noite. Por fim, chega a zona de risco, em que os participantes vão duelar pela permanência no programa. O eliminado, por sua vez, será definido e desmascarado.
Além da exibição na TV Globo, o reality show musical já nascerá com mais janelas de exibição. O programa terá uma série de conteúdos direcionados para as plataformas digitais, como as redes sociais de Ivete Sangalo e o Globoplay, e contará com uma reapresentação no Multishow.