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XICA DA SILVA

Adriane Galisteu relata terror em novela aclamada pela crítica: “Morri três vezes”

Foto de Adriane Galisteu
Adriane Galisteu falou sobre papel em Xica da Silva (foto: Reprodução/Internet)

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Uma das novelas mais aclamadas pela crítica fez com que Adriane Galisteu desistisse da carreira de atriz. A novela Xica da Silva (1996), da Rede Manchete, marcou a carreira da apresentadora de A Fazenda e fez com que ela percebesse que dramaturgia não era seu foco na televisão, apesar de participações esporádicas depois.

“Quando eu fiz Xica da Silva, que foi meu primeiro momento como atriz, eu fiquei meio traumatizada nessa novela, primeiro porque caíram matando, segundo porque eu fiquei quase careca, terceiro porque não fazia o menor sentido eu estar ali”, declarou.

A artista relembrou que a participação era para ter acontecido em nove capítulos, mas ela acabou assinando uma participação maior. “Eu fui contratada para esta novela para fazer nove capítulos, e até onde eu fui contratada eu fui super bem, só recebi elogios. Decidiram me contratar até o final da novela, a pessoa cresceu o olho, falou ‘vou assinar, fui bem, está todo mundo gostando’. Meu amor, a hora que eu canetei, a casa foi demolindo num grau, aí o diretor (Walter Avancini – 1935-2001) foi pirando, a novela não terminava, ele queria me deixar pelada, eu falei ‘não vou tirar a roupa’”, relatou em conversa com o PocCast.

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“Eu morri e ressuscitei três vezes. Morri em uma cena, ele resolveu ressuscitar, aí eu reclamei tanto que queria sair da novela, que [pensei] ele vai me tirar porque eu estou pedindo tanto para sair, aí fui esfaqueada, ele me ressuscitava de novo. Aí arrancaram minha orelha, morri afogada, eu voltava e ficava rodando essa novela igual alma penada. Virei vampira no final, porque ele pintava minha cara toda de branco, sem orelha, alma penada, eu fui até o final da novela de castigo”, detalhou Adriane Galisteu.

Adriane Galisteu não foi a única

Não foi a primeira vez que uma artista relata os bastidores complicados da novela. Taís Araujo relatou alguns traumas que sofreu do diretor Walter Avancini, que ela classificou como abusivo. O diretor era responsável por grandes obras na televisão como O Cravo e a Rosa (2000) e Selva de Pedra (1986): “O Avancini era genial. Muito do que sei de comprometimento e disciplina, aprendi com ele. Mas era extremamente abusivo”, contou em conversa com a Revista Piauí.

A artista afirmou que o profissional esperou ela completar 18 anos para vender suas fotos nua nos bastidores para veículos de imprensa. “Ninguém me obrigou a fazer essas fotos, mas é claro que ali eu cedi às pressões”, relatou. A comunicadora ainda pontuou que foi sexualizada pelo papel em Xica da Silva. “Eu era invisível na Barra da Tijuca, sequer beijei na boca de alguém do condomínio”, relatou. Antes da trama, ela só havia interpretado um papel em Tocaia Grande, na TV Manchete.

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