Em tratamento contra a esclerose múltipla, a atriz Guta Stresser foi entrevistada pelo Domingo Espetacular, da Record, e fez um desabafo. De acordo com a intérprete da personagem Bebel de A Grande Família (2001-2014), a pior coisa para quem tem a doença é ter que parar de trabalhar. Atualmente, ela está em ensaios e apresentações da peça Os Analfabetos em Curitiba, no Paraná. “Há preconceito por falta de conhecimento. Trabalhar te faz bem. Você trabalhar é bom”, disse ela sobre alguns estigmas sobre a doença.
“A pior coisa para quem tem esclerose múltipla é parar de trabalhar. Se você parar, você paralisa”, complementou a artista. Guta Stresser recebeu o diagnóstico da doença em 2020. Na conversa com o jornalístico da Record, ela contou como foi receber a notícia. “Foi um balde de água fria. No início, tive uma certa negação, não aceitar muito, questionar ‘por que comigo?’”. Ela recebeu apoio de amigos, entre eles da época de A Grande Família. “Marieta [Severo], [Marco] Nanini e Lucio [Mauro Filho] falaram que posso contar com eles. Lucinho é meu irmão”, declarou.
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Guta Stresser foi entrevista por Carolina Ferraz e detalhou os sintomas da esclerose múltipla. “Tive muito formigamento nas extremidades do meu corpo e muito zumbido, que ainda continua, porém em menor intensidade. Faço tratamento através do SUS [Sistema Único de Saúde]”, disse ela, que faz uso de medicações de alto custo que são fornecidos pelo SUS. Guta também falou sobre os problemas financeiros que enfrenta. Recentemente, a atriz de A Grande Família perdeu a casa em leilão.
“As pessoas sempre acham que você está numa vida superparadisíaca, maravilhosa, e você está ali vendo como vai pagar conta. Os boletos chegando… Ninguém quer perder uma casa porque não conseguiu pagar o financiamento. Mas, por outro lado, você fala: ‘Onde eu estiver, vou estar fazendo o que sei fazer’”, disse a ex-atriz da Globo. Segundo o Ministério da Saúde, a esclerose múltipla compromete o sistema nervoso central e atinge principalmente adultos jovens, entre 18 e 55 anos.
“A doença é autoimune, caracterizada pela desmielinização da bainha de mielina, envoltório das células nervosas [axônios] por onde passam os impulsos elétricos que controlam as funções do organismo. Esse dano gera interferências nessa transmissão e diversas consequências para os pacientes, como alterações na visão, no equilíbrio e na capacidade muscular”, diz o órgão. Ela pode ser classificada esclerose múltipla remitente-recorrente (EM-RR), primariamente progressiva (EM-PP) e secundariamente progressiva (EM-SP).