O ator Samuel de Assis, que viveu um dos protagonistas de Vai na Fé, sucesso exibido pela Globo no horário das sete, comentou o título de galã que recebeu depois de interpretar Benjamin. Em sua participação no Festival Negritudes Globo, o artista destacou que após ser confirmado no papel, deu algumas sugestões para o personagem que foram atendidas pela produção. “Pra mim ser galã hoje é um homem que está em tratamento das suas emoções”, comentou.
Ele conta que lutou muito para que personagem tivesse abordagem diferente. “Uma das coisas que mais lutei quando peguei o Benjamin, o que mais ouvi foi: ‘chegou o galã! O Ben é o galã!’. E eu parei e quis discutir o que é ser galã. Até hoje era o cara branco que exalava masculinidade e virilidade que hoje não serve mais. Chega. Pra mim ser galã hoje é um homem que está em tratamento das suas emoções. Então, vamos começar a partir disso? Foi a proposta que fiz pra novela. E eles toparam”, recordou o ator, falando sobre como foi viver o mocinho da trama.
“Eu nunca tinha visto um homem negro bem sucedido lidando com suas emoções. Não tinha referencia quando criança. Ou era escravo, empregado… quando me vi como agente transformador do que a gente está provocando na TV brasileira… isso me emociona sempre”, comentou Samuel de Assis. “Faz eu me sentir muito especial pra mim e por mim. Foi uma das coisas mais importantes que essa novela trouxe pra mim”, acrescentou.
Recentemente, o ator abriu o jogo e falou sobre o desejo que tem de se tornar pai. Convidado do Saia Justa, programa do GNT, o artista comentou a respeito da paternidade e afirmou que esse é o único sonho que ainda não realizou, além de contar que entrou com o processo de adoção após perceber esse sonho dependia apenas dele mesmo. “Estou tomando minhas providências cabíveis”, disse ele, que conta que nos seus últimos relacionamentos deixou bem claro que gostar de ser pai.
“Eu falei ‘olha, não sei se você quer ou não, mas eu vou ser pai’. Demorei muito para entender que isso é um sonho meu e só depende de mim e de mais ninguém. Eu não preciso ter alguém para realizar esse sonho”, destacou. “Depois que entendi isso, eu falei: ‘meu Deus, o que eu estou esperando?’. Já continuei relacionamentos em que falei: ‘olha, se você quiser e pode ir, porque, assim, entre um filho e qualquer outra coisa no mundo, eu vou escolher meu filho ou minha filha'”, afirmou.
