Eduardo Sterblitch relembrou o início da carreira na televisão e confessou que se arrepende do tipo de humor que fazia na época do programa Pânico na TV. O artista descreveu suas atitudes na época como criminosas e afirmou que não sabia estar passando dos limites.
“Eu tenho vergonha dos crimes que provavelmente cometi ali dentro. Era outro mundo. Tenho vergonha da minha ignorância artística. Era moleque. Entrei no Pânico com 17 anos, não tinha nenhuma responsabilidade social, do que representava, da minha responsabilidade enquanto artista. Era muito mais egoísta, muito fascista nesse lugar, como uma pessoa jovem”, contou em conversa com a Veja.
O comunicador relatou que não tinha a noção sobre a situação. “Fui aprendendo com a vida adulta, não só com o mundo mudando. Piadas homofóbicas, racistas, misóginas, que a gente não percebia”, explicou Eduardo. “Não sei o que gerei de dor, às vezes tem uma piada que ninguém nem lembra que fiz, mas que pode ter machucado alguém. Desculpa. A gente não está aqui para isso, mas sim para provocar, divertir, às vezes até mesmo insultar, mas sempre tudo no divino, no artístico”, declarou.
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O ator começou a carreira em 2008 e ficou no Pânico até 2015. Eduardo Sterblitch destacou que comemora o fato de que os personagens tem mais destaque na vida dele do que a pessoa. “É muito difícil fazer coisas assim, tipo o Pânico, que foi um fenômeno. Na rua, o mendigo fala ‘oi, Prateado’. Meus personagens são mais famosos que eu e isso é muito bom. Sou meio sociopata mesmo, quietinho, não saio de casa. Nem me visto direito, porque chego no trabalho e a primeira coisa que eu faço é tirar a roupa”, contou.
