Demitido pelo SBT em julho de 2022 após uma piada com uma criança com hidrocefalia se espalhar nas redes sociais, Leo Lins afirmou que aumentou o público que passou a frequentar os seus shows depois de ter sido alvo de processos.
“Curioso quando alguém fala ‘o limite do humor é a lei’. Cara, a lei em seu sentido original foi completamente deturpada, é o conjunto de regras criadas de acordo com o bel-prazer de um determinado país, que vai atender seus interesses pessoais, tanto que cada país tem sua lei. Acho pobre e até ignorante utilizar a lei como ferramenta de baliza moral”, disse Leo Lins.
O humorista afirmou que uma mudança tem que acontecer na sociedade. “A lei, alguns séculos atrás, permitia a venda de negros. O homem é falho, e a lei é sempre feita pelo homem, então ela vai ser falha. Utilizar isso como régua moral, é péssimo”, disse em entrevista ao podcast Fala, Ordinário. “Tem que acontecer uma mudança na sociedade. ‘Ah, essa piada ofende’. Ok, o que vai acontecer é o cara ficar sem público e a carreira dele acaba, esse é o controle. Não é o que está acontecendo comigo, pelo contrário, o público está aumentando. Então, isso para mim é um sinal para eu seguir em frente”, declarou.
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Em maio, Leo Lins foi obrigado a apagar de todas as plataformas digitais um especial de stand-up publicado originalmente no final de 2022. O ex-contratado do SBT foi proibido de deixar a cidade de São Paulo por mais de dez dias sem receber prévia autorização judicial. “Tenho que ir uma vez por mês lá dar um parecer das minhas atividades. Quem ouve isso parece que se trata de um traficante internacional, um homicida que foi solto. Com essa justificativa [da Justiça] para derrubar o meu show, você remove 98% dos shows de stand-up”, disse, na ocasião.