Afastado das novelas desde O Tempo Não Para (2018), Marcos Pasquim chegou a negociar um retorno às telinhas através da Record, mas as negociações não avançaram no início deste ano. Em entrevista, o artista falou que o canal paulista o procurou para um papel em uma trama bíblica. “Teve uma sondagem, seria para novela, alguma novela bíblica, e acabou não acontecendo. Uma pena que não aconteceu”, disse o artista de 54 anos.
Em entrevista ao portal iG, Pasquim disse que o salário que ganhou da Globo durante o período em que foi contratado exclusivo da emissora é incomparável com outras produções de plataformas de streaming ou TV aberta. “O dinheiro que você ganha de salário na Globo é incomparável . Eu trabalhei quase 20 anos na Globo. Em filme, seriado, cada um é cada um. Não só o dinheiro. Os profissionais… A Rede Globo é espetacular, sensacional. Sempre amei trabalhar lá”, elogiou.
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“Não sei hoje em dia, mas, na minha época, era maravilhoso”, afirma Marcos Pasquim. Segundo o artista, ele fez uma poupança com o salário que recebia para atuar nas novelas da rede carioca. “Desde que comecei a minha carreira, sempre soube que era algo de ‘hoje estou trabalhando e amanhã eu não estou’. Sempre que pude, economizei dinheiro. Cheguei a fazer meu pé de meia”, explica.
No começo dos anos 2000, Marcos Pasquim ganhou o apelido de “pescador parrudo” por causa do papel de protagonista de Kubanacan (2003). Além disso, os personagens dele em outros folhetins sempre apareciam sem camisa. O artista comentou se esse estereótipo o incomodava. “Eu acho que a televisão meio que estereotipa a gente. Fiz muitas novelas do Carlos Lombardi, que, normalmente, se passam em lugares quentes. E em lugares quentes o homem fica normalmente sem camisa”, pontuou.
“Na minha época, fui eu. Hoje tem o Cauã [Reymond], o Caio [Castro]. Continuam descamisados. A televisão faz isso. Me estereotiparam assim […] Na grande maioria das vezes que fiquei sem camisa, tinha um propósito. Outras vezes, talvez, não. Mas eu só fazia o que estava escrito. Não tirava porque eu queria, não era uma coisa que partia de mim. A televisão faz isso, usa isso”, analisou Marcos Pasquim.