WALCYR CARRASCO

Autor da Globo revela que recebeu praga de amiga: “Não sou nenhum santo”

Foto de Walcyr Carrasco
Walcyr Carrasco citou "praga" de ex-amiga após período no hospital (foto: Reprodução/Globo)

Autor de Terra e Paixão, Walcyr Carrasco está andando de cadeira de rodas, enquanto se recupera de uma perna quebrada. O novelista da Globo classificou como uma “queda inocente” em que ao acordar, caiu em cima da mesa ao lado da cama.

Internado para tratar a fratura, o contratado da Globo falou sobre esconder a dor dentro um hospital. “Quanto mais pareço sofrer, mais as pessoas dizem: ‘Não é nada, você está exagerando, já vai passar’. O correto é que eu finja que dói menos. Digo, enquanto sinto o pé rachar de dor: ‘É suportável, tanta gente sofre pelos mais variados motivos’. E ouço: ‘Como você é forte, corajoso! Mas vai superar'”, declarou ele.

Para evitar que seja considerado uma pessoa mal-humorada, o escritor queria sofrer sozinho. “Confessar a dor, até mesmo em um hospital, não cai bem. Nessa fase de recuperação, já tive vontade de gritar: ‘Dói, sim, é um horror. Agora me deixa em paz e deixa eu sofrer sozinho’. Eu não acho feio sofrer, mas as pessoas parece que sim. Tudo que remete ao sofrimento é relacionado com castigo, punição. É feio sentir dor. Ainda mais devido a um acidente. Nesses dias, tenho sido tachado de ‘descuidado’, no mínimo”, contou Walcyr Carrasco para a Veja.

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O autor da Globo pontuou que já ouviu que não presta atenção e que o período de dor seria um castigo. “Mas castigo de quê, meu Deus?”, questionou. O responsável pela trama de Terra e Paixão dividiu que foi visitado por uma amiga e ouviu ela falando mal dele no local. “Uma (ex) amiga, assim que saiu do hospital, onde fora me visitar com sorrisos e palavras de encorajamento, comentou: ‘Ele merece tudo isso que está acontecendo. Já fez mal para muita gente'”, detalhou.

“Não sou nenhum santo, e talvez mereça muito mais. Mas não acredito que alguém receba dos céus a missão de ir ao hospital, dizer palavras de conforto a um amigo doente e descer o sarrafo já na saída. Certas pessoas me assustam. Mas tenho mais medo de móveis mal colocados, vasos rachados e panos molhados no chão”, afirmou.

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