Guilherme Portanova estava há quatro anos como contratado da Record quando se demitiu da emissora no início de dezembro. O jornalista assinou um contrato nesta sexta-feira (22) para trabalhar como âncora e editor-chefe do telejornal Repórter Brasil, da TV Brasil.
O presidente da EBC, Jean Lima, falou sobre a contratação do comunicador. “Temos certeza de que o Guilherme Portanova irá contribuir para o jornalismo da EBC e agregar ainda mais ao que já existe. Estamos em um novo momento, inaugurando formatos de jornal e a empresa ganha muito com um profissional sério e comprometido”, disse.
O ex-contratado da Record afirmou que o jornalismo precisa ter interesse público. “Se a imprensa não tiver como balizador o interesse público, corremos o risco de perder as referências e conteúdos essenciais”, afirmou. “O Guilherme tem a cara da EBC, entende de comunicação pública e vai enriquecer o jornalismo da empresa”, pontuou a diretora de Jornalismo, Cida Mattos.
Contratado pela Record em novembro de 2019, Guilherme Portanova iniciou sua carreira em 1998, como repórter da Rádio Gaúcha e da TVCOM em Porto Alegre. Dois anos depois, o jornalista se mudou para Blumenau e passou a trabalhar na NSCTV, afiliada da Globo em Santa Catarina, até então chamada de RBSTV. Ele seguiu no estado durante cinco anos, até que recebeu um convite da Globo para se tornar repórter em São Paulo, produzindo conteúdos na madrugada. Um ano depois, em 12 de agosto de 2006, ele e um auxiliar técnico do canal foram sequestrados pelo PCC.
Para que os seus funcionários fossem libertados com vida, a Globo precisou exibir um Plantão do Jornalismo com um vídeo em que integrantes da facção faziam reivindicações de melhorias para o sistema penitenciário. O boletim, comandado pelo então repórter César Tralli, foi ao ar na madrugada de 12 para 13 de agosto, durante uma sessão de filmes exibida na madrugada. Portanova e Alexandre Calado, o auxiliar técnico da rede, foram libertados no dia 14 de agosto. Ele seguiu trabalhando na emissora, mas foi temporariamente remanejado para a reportagem em Porto Alegre.
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O jornalista voltou a atuar em São Paulo no final de 2006 e, em 2007, se transferiu para a Globo de Brasília. Seis anos depois, foi escolhido para assumir o comando do Bom dia DF, permanecendo a frente do telejornal até a sua transferência para a Record. Na emissora de Edir Macedo, ele estreou na apresentação do matinal DF no Ar em dezembro de 2019. Em novembro de 2021, foi para o DF Record, noticiário do horário nobre, antes do Jornal da Record.