Totia Meireles começou a carreira na televisão nos anos 1980 e atuou em diversas produções. A atriz, no entanto, nunca foi uma protagonista nas tramas que atuou. A artista declarou que isso sempre foi proposital e que acredita que dá muito trabalho a função de protagonista em uma televisão.
“Nunca quis ser uma protagonista porque dá muito trabalho. No teatro sim. Falo que não lutei para isso. Poderia até cavar. E nunca me ofereceram também. Claro que se tivesse uma super protagonista seria maravilhoso”, declarou. A famosa atuou em Mulheres de Areia (1993), Malhação (1995), O Clone (2001), América (2005), Cobras & Lagartos (2006), Caminho das Índias (2009), Fina Estampa (2011) e Salve Jorge (2012).
A atriz destacou que existiu uma mudança de padrão na televisão. “Quando eu tinha 30 anos era uma coisa louca, agora muito selecionado (o trabalho). Colocam as mulheres no papel de mais velhas, sendo mais novas. Mulher de 40 tem que fazer papel de 40. Nunca querem que a gente faça a nossa idade. Tony Ramos, Gloria Pires e Eliane Giardini deram um show em Terra e Paixão com papéis escritos para a idade deles”, contou Totia Meireles ao O Globo.
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“É muito lindo ver, no entanto, oportunidades assim se contam nos dedos. Estamos lutando ainda contra esse etarismo ridículo”, destacou a atriz. O último trabalho da artista na televisão foi em Verão 90 (2019) como Mercedes. Ao lembrar sobre o papel em Malhação (1998), a artista afirmou que se divertiu muito. “Fui convidada pelo Ignácio Coqueiro, que dirigia. Era um núcleo do Boninho. Época muito boa. Me divertia muito e tinha um elenco jovem, muito bom. Acho maravilhoso poder rever as temporadas. É como se fosse um documentário sobre moda, sobre costumes, sobre a juventude. Quem viveu, quem acompanhou, poder maratonar agora vai dar um saudosismo. Ainda mantenho contato com o Jonas Bloch”, declarou.