Raissa Chaddad começou a carreira na televisão como a Beatriz em Chiquititas (2013), novela infantil do SBT. A trama, que é um remake de 1995, já contou com três reprises na emissora paulista e, segundo a atriz, seria alvo de cancelamento se o canal pensasse em uma nova versão.
“Acredito que muitas cenas seriam canceladas hoje porque, anteriormente, a gente levava muito na brincadeira. Nós éramos crianças e não tínhamos a noção de que as palavras poderiam agredir tanto outras pessoas. Hoje em dia, temos dimensão do poder das palavras”, contou a artista.
A jovem chegou a voltar para a emissora em 2019 e interpretou Carla em As Aventuras de Poliana. “Acho que nós olharíamos com outros olhos, mas sem perder a energia de estarmos brincando”, refletiu. “Às vezes, aparecem cenas, que eu geralmente não lembro, e eu falo: ‘meu Deus do céu! Não acredito que isso aconteceu’ ou ‘como a minha personagem falou isso em cena?’. Costumo achar icônico porque eu levava as gravações com muita leveza quando era criança. Acho maravilhoso quando esses tipos de cenas aparecem para mim ou para alguém da minha família”, detalhou.
Apesar de tudo, Raissa Chaddad declarou que defende a personagem de Chiquititas. “Defendo a Bia e o temperamento dela. Assim como ela, tive uma fase estressada durante a pré-adolescência. Confesso que sou uma pessoa bem estressada com as coisas até hoje. Fico pensando que, apesar dessa personalidade forte, a Bia tinha um ‘coração com buraquinhos’ que ela tenta colocar vários band-aids e passar uma imagem de não ligar para nada, já que foi abandonada”, contou para o site Heloisa Tolipan.
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Um sucesso na Netflix, a atriz destacou que nem ela aguenta mais. “Conheço famílias que chegam nos meus perfis nas redes sociais ou pessoalmente e falam ‘Raíssa, não aguento mais! Os meus filhos já assistiram cinco, sete vezes à novela’. Quando escuto isso, costumo dizer que também não aguento mais. Sendo sincera, já não sei como as crianças aguentam porque eu assisti uma vez e até tentei assistir uma segunda [mas não consegui]. Acho que reviver é bom, mas relembrar tem limites, né?”, declarou.