Prestes a completar 33 anos na Globo, Sandra Annenberg é um dos nomes do jornalismo que já passaram por quase todos os formatos na emissora. A comunicadora contou que sempre precisou se esforçar “mais que os homens” para que fosse vista e ouvida dentro da televisão.
“Eu tenho 55 anos e trabalho em televisão há mais de 40 anos, sou de uma geração em que o assédio era comum. Naquele tempo não tínhamos a voz que temos. Sei que tenho um papel importante nas conquistas das profissionais de TV. O início foi difícil, mas hoje sinto orgulho da minha trajetória. Sempre precisei trabalhar mais que os homens para provar que era capaz, que tinha talento. Ser mulher não é fácil em nenhum setor, mas unidas podemos continuar a lutar por direitos e salários iguais”, contou ao Women to Watch.
A jornalista passou por diversos momentos na televisão e pontuou que os formatos mudaram muito. “Do início até hoje, o jornalismo e o jeito de fazer TV mudaram muito. O jornalismo hoje é instantâneo, podemos nos informar online a todo momento e em diversas plataformas. E o jeito de fazer TV também precisou mudar, hoje fazemos tudo muito mais ao vivo e a tecnologia precisou acompanhar essa evolução”, relatou.
+ Craque Neto critica Neymar após relato de falta de atenção aos fãs em cruzeiro
+ Antonio Tabet nega convite para o Big Brother Brasil e alfineta Boninho
“Precisamos ser bem mais rápidos. Mas, ao mesmo tempo, temos um compromisso com a verdade que nos leva a apurar ainda mais, afinal, hoje em dia, devemos, além de informar como sempre, combater as fake news, o que nos faz trabalhar em dobro. Resumindo: a informação pode estar mais à mão (literalmente), mas é importante buscarmos sempre veículos confiáveis e de credibilidade”, declarou Sandra Annenberg.
Com o avanço das redes sociais, a comunicadora também mudou a forma de conversar com o público e tem exibido um pouco mais sobre ela fora da TV. “O etarismo é a última barreira das discriminações e eu faço questão de ‘botar a cara para bater’ e mostrar nas telas as mudanças que a idade traz. Acho que isso pode ser um estímulo para que aceitem melhor o amadurecimento das mulheres”, disse.