Exibida pelo SBT com o título de O.C.: Um Estranho no Paraíso entre 2004 e 2009, The O.C. foi criada por Josh Schwartz e Stephanie Savage. A trama foi um sucesso mundial e os criadores afirmaram que precisaram mudar a história em três dias a pedido da Warner Bros.
A produção contava a história de Ryan Atwood, um adolescente problemático, mas durão, de um lar desfeito que é adotado pelos ricos e filantrópicos Sandy e Kirsten Cohen. e seu irmão adotivo Seth, um adolescente geek socialmente desajeitado e perspicaz. “Eu tinha ido para a USC [Universidade do Sul da Califórnia]. Como um garoto judeu da Costa Leste, eu me sentia um estranho. O pitch original girava em torno de um personagem chamado Lucy Muñoz, cujo pai era o jardineiro e gerente da casa das propriedades Atwood em Newport Beach”, relembrou Josh Schwartz.
“Ryan Atwood era um garoto rico. Lucy Muñoz era nosso peixe fora d’água. Ainda havia um personagem chamado Seth, embora ele fosse muito mais nerd. Esse foi o pitch até irmos para a Warner Bros. A Warner Bros. disse: ‘Amamos tudo sobre o mundo do programa. Você poderia apenas mudar todo o conceito?’. Havia vários programas naquele ano que giravam em torno de uma história de amor entre um cara branco e uma latina estilo Romeu e Julieta. Então eles disseram: ‘Você poderia reconfigurar a premissa do programa? Em três dias?'”, detalhou o executivo da série do SBT.
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A série do SBT cometeu erros a partir da terceira temporada e os produtores reconhecem. “Quando chegamos à terceira temporada, havia vários fatores em jogo. Eu estava esgotado. Steph sente provavelmente o mesmo. Tínhamos esgotado muitas histórias e estávamos desafiados a continuar criando novas histórias. Muitos de nossos personagens deixaram o programa —isso também foi culpa nossa”, disse para o The New York Times. A saída de Mischa Barton da história foi um baque para os fãs da série.
“As audiências inevitavelmente começaram a diminuir; as pessoas tentaram consertar isso. Às vezes, você pode deixar as coisas fervendo por tempo demais e acabar cozinhando a história. Perdemos nosso senso de ironia, nosso senso de diversão. Nos tornamos o tipo de melodrama que teríamos zombado na primeira temporada”, detalhou.
