O autor Bruno Luperi, responsável pelo remake de Renascer, abriu o jogo e contou que tem trabalhado em roteiros autorais. Em entrevista ao site F5, da Folha de São Paulo, o neto de Benedito Ruy Barbosa afirmou que não parou de escrever mesmo adaptando os trabalhos do avô para a Globo, debochando de seus críticos. “Tenho muitos trabalhos autorais na gaveta”, ironizou.
“Não parei de escrever, e é uma novela atrás da outra, mas tenho muitos projetos. Quero ainda contar muitas histórias e quero viver disso”, relatou o escritor, contando que cada adaptação tem seus desafios. “Pantanal tinha uma característica muito única pelo bioma em que estava inserida, pela dinâmica das águas”, comenta Luperi, falando sobre a atual novela das nove. “Renascer faz parte de um novo contexto, Ilhéus, sul da Bahia, todo mundo transformado pelos últimos 30 anos”, ponderou.
O autor ainda abriu o jogo e contou qual das duas foi a mais dificil de adaptar. “Renascer precisa de muito mais trabalho, muito mais suor, pesquisa e soluções criativas para a história ser contada como foi concebida”, disse ele, que ainda guarda algumas lembranças da trama original. “Foi a primeira novela que eu vi acontecer”, relembrou Bruno Luperi.
“Lembro o meu avô escrevendo porque nós sempre frequentamos muito a casa dele. Eu o vi chorando, sorrindo e se emocionando com os dramas”, revela Bruno Luperi, contando uma historia da época que ainda era criança. “Não esqueço também que eu tinha mais ou menos 5 anos e, junto com o meu irmão, pegamos os ovos de Páscoa e começamos a pisar no chocolate porque a imagem de João Pedro [vivido por Palmeira na ocasião] amassando o cacau me marcou muito”, desabafou.
