Ana Clara Lima bateu um papo sincero com a revista Quem e falou sobre o que a desestabiliza na internet, sobre publicações antigas e preconceituosas, além de abordar a cultura do cancelamento. “Teve uma época em que absolver essa onda de ódio foi bem complicado. Me lembro uma vez que fui ao programa da Fátima e era para ser uma manhã incrível e foi uó, porque recebi vários ataques online. Óbvio que de centenas de comentários, três são maldosos, mas eles desestabilizam muito a gente”, revelou.
“Hoje, procuro não ver o que falam. É muito difícil porque a gente fica naquele dilema se eu leio tudo e interajo com as pessoas. Ou ignoro, porque embaixo daquele comentário carinhoso, vai ter um maldoso e vai estragar meu rolê. É muito bom devolver a energia positiva das pessoas. As torcidas dos realities são muito eufóricas. Quando vejo que algo é muito pesado deixo para lá. Não quero essa energia para mim”, pontuou.
A apresentadora da Globo relembrou publicações em que fez quando era mais nova e se arrependeu. “Quando isso aconteceu na época de adolescente, falei mesmo. Vou falar o que? Eu tinha concepções que nem eu sabia que eram gordofóbicas, homofóbicas e obviamente que mudei. Mas acho que ninguém nasce descontruído. Temos que estar dispostos a mudar e aprender. A gente vem de um passado preconceituoso e a geração posterior vai ser ainda mais desconstruída que a minha. Não vou falar que não estava errada. Mas o que posso garantir é que hoje, adulta, eu jamais teria esse tipo de comportamento”, declarou Ana Clara.
A faz tudo na emissora carioca contou o seu posicionamento sobre a cultura do cancelamento. “Acho que nunca fui cancelada e nunca cancelei ninguém. As pessoas não estão dispostas a ensinar ninguém a fazer nada, elas cancelam apenas para esculachar os outros e alimentar um ódio enorme. Tipo a Karol [Conká]. Se a pessoa voltar outra, mudada, ainda sim quem resolveu cancelar nunca vai achar suficiente. A pessoas quererem te humilhar, querem que você não exista mais, ver sua vida destruída… Isso é uma coisa horrorosa e muito perigosa”, afirmou.