A Record foi obrigada pela Justiça a recontratar o jornalista Arnaldo Duran, que foi demitido entre o Natal e o Réveillon de 2023 em meio ao tratamento contra uma doença no sistema nervoso. De acordo com o portal F5, da Folha de S.Paulo, a 89ª Vara do Trabalho de São Paulo concedeu uma liminar na última segunda-feira (6) que exige o retorno do profissional ao time de funcionários da empresa.
Arnaldo Duran foi diagnosticado em 2016 com ataxia espinocerebelar do tipo 3, uma doença degenerativa do sistema nervoso, também chamada de síndrome de Machado-Joseph ou “doença do tropeção”. Nos últimos anos, a Record desenvolveu reportagens sobre a doença do repórter, principalmente para programas da Igreja Universal do Reino de Deus.
+ Regina Volpato relembra atitudes de Silvio Santos nos bastidores do SBT: “Não ia ao ar”
+ Fora da Globo, Christiane Torloni desabafa sobre a insegurança do artista no Brasil
A reclamação do jornalista se dá pelo fato de ter sido demitido da Record em meio ao tratamento de saúde. A juíza Daniela Mori avaliou que a emissora discriminou o profissional ao demiti-lo, atribuindo seu desligamento à doença degenerativa. A Justiça determinou a reintegração do repórter em 48 horas e o restabelecimento do seu plano de saúde no mesmo período.
Caso a Record não cumpra a decisão da juíza, a emissora terá que pagar uma multa diária de R$ 50 mil por dia de descumprimento. “A documentação dos autos é robusta e suficiente para concluir que a ré dispensou o autor de forma discriminatória. Considerando-se tais premissas, a atitude da ré de dispensar um trabalhador doente e que presta serviços há 17 anos, evidencia desprezo e desrespeito à dignidade humana e à finalidade social do trabalho”, disse a magistrada.